Quem votou, como votou e porque votou: parlamentares sergipanos abrem o verbo

Ninguém passou incólume da semana em que a quarta-feira, 2 de agosto, se tornou a data do “Fico” do presidente Michel Temer, PMDB. Aliás, um “Fico” forçado, a base de muitas negociatas na Câmara Federal, um toma-lá-dá-cá desenfreado e fisiologista, que resultou em 263 votos pelo sim, ou seja, pelo não acatamento da denúncia de corrupção, feita pela Procuradoria Geral da República – PGR – contra o presidente; contra 227 votos não, o que incorreria no prosseguimento das investigações mediante afastamento de Temer da presidência.

Mas vamos ao que interessa: qual foi o posicionamento de cada um dos deputados de Sergipe nessa votação histórica? O placar “sergipano” foi 6 X 2 pelo prosseguimento da denúncia. E entre justificativas e marcação de posição, o leitor tem acesso agora a um resumo bem apurado de como agiu cada parlamentar do Estado.

 

Adelson Barreto, PR, votou “CONTRA TEMER”: não atendeu e nem retornou às ligações da reportagem.

 

 

 

André Moura, PSC, votou “A FAVOR DE TEMER”: “a Câmara deu uma demonstração de que é independente e não aceitou que essa denúncia, que pararia o Brasil, seguisse adiante. Quanto a mim, aceito até o ônus do desgaste, mas vejo que os bônus chegam para Sergipe, pois já conseguimos empenhar R$ 500 milhões em emendas para o Estado. É isso o que importa”.

 

Fábio Mitidieri, PSD, votou “CONTRA TEMER”: “desde a votação do impeachment de Dilma eu me coloquei na oposição a Temer. Ele teve um ano e meio para fazer algo, e tudo só piorou. Mais desemprego, mais denúncias, tudo cada vez pior. E agora até aumento de gasolina para cobrir o rombo dessas emendas para os deputados. Não participo desse tipo de coisa”.

 

 

Fábio Reis, PMDB, votou “A FAVOR DE TEMER”: “Michel Temer é de meu partido, é o presidente, mas em momento algum pensei nele quando votei. Foi uma decisão difícil, mas muito bem pensada. Pensei no Brasil, na economia voltando a crescer, no dólar caindo, na bolsa subindo, nos empregos voltando. Temer não será julgado por nós, mas pela Justiça, em 1º de janeiro de 2019. E sem foro privilegiado”.

 

João Daniel, PT, votou “CONTRA TEMER”: “as provas são robustas, o governo não se sustenta. O presidente tem que ser investigado, assim como todos. Se a denuncia prosseguisse, e se ele tivesse provas que é inocente, voltaria com moral. Mas não foi isso o que aconteceu, infelizmente”.

 

 

Jony Marcos, PRB, votou “CONTRA TEMER”: “não tenho nada contra o presidente, nem contra seu líder, o colega André Moura. Mas a situação exigia, sim, um aprofundamento nas investigações. E o prosseguimento da denúncia permitiria isso de forma mais adequada. Não podemos deixar que uma denúncia grave como essa se perca. Por isso mesmo que o procurador Rodrigo Janot, em evento em Brasília, na semana passada, disse que vai denunciar novamente”.

 

 

Laércio Oliveira, SD, votou “CONTRA TEMER”: “não tenho essa coisa da política profissional em meu sangue. Por isso que os meus votos se parecem muito comigo mesmo. Voto no que acredito, como a reforma trabalhista. Mas não sou refém do presidente e acho que ele devia, sim, ser denunciado. Quanto aos cargos, os que couberam ao meu partido, eu nomeei em Sergipe. Espero que o presidente tenha sensibilidade para tratar desse assunto”.

 

 

Valadares Filho, PSB, votou “CONTRA TEMER”: “foi uma semana muito triste essa. Aliás, foram dois meses em que o fisiologismo, a negociação de cargos e emendas ficou bem clara, especialmente as emendas extra orçamentárias, uma vez que as impositivas o governo pode até atrasar, mas vai ter que acabar pagando. O presidente não está acima de ninguém, ele deveria ser denunciado”.

 

 

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