Composto por estudantes do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, orientado pela professora Clélia Ferreira Ramos, “Um quê de Negritude” também receberá o prêmio Papagaio de Ouro 2023

O grupo de dança e teatro “Um quê de Negritude” embarcará dia 15 de setembro para a Viena, na Áustria, com o objetivo de participar da 11ª edição do Festival Cultural do Brasil, que acontece no Weltmuseum Wien, na capital austríaca, no período de 17 a 19 de setembro. O convite partiu da Sociedade Austro-Brasileira de Educação e Cultura e tem o apoio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura.

A professora e orientadora do projeto, Clélia Ferreira, foi convidada para palestrar durante a programação do evento. “Falarei sobre o projeto e sua importância na formação de cidadãos que lutam por uma sociedade antirracista e que reconhecem na construção da sua identidade, suas origens”, explica Clélia Ferreira.

Os alunos apresentarão parte do espetáculo “AYO – 15 Anos Registrando História na Educação”, que leva movimento de dança e encenações teatrais sobre as divindades religiosas de matrizes africanas, além de danças folclóricas. Na programação, “Um quê de Negritude” receberá o prêmio Papagaio de Ouro por ser um grupo de divulgação da cultura brasileira.

Segundo a professora Clélia, como é uma viagem internacional, ficaria inviável levar todo o acervo de roupas, adereços e luzes para montar o espetáculo inteiro. “Apresentaremos alguns trechos, uma vez que para apresentarmos o espetáculo inteiro requer todo trabalho de cenário e iluminação”, disse Clélia Ferreira.

Ela ainda destaca que mesmo que o projeto esteja solidamente enraizado e representando o Brasil, ir a um evento internacional e ser selecionado mediante tantos outros, é engrandecedor para a educação na criação de uma política pública antirracista. “Falar das nossas ideias, dificuldades e vitórias como grupo formado por alunos altera a mentalidade da sociedade de uma forma que nenhum outro poderia realizar. Isso também nos dará uma releitura para visualizarmos nossos estudos e pesquisas como formadores de opinião”, disse.

Composto por alunos do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, “Um quê de Negritude” foi lançado em 2007 com o objetivo de difundir a cultura afro-brasileira e indígena por meio da dança, promovendo reflexões acerca da intolerância e do preconceito racial.

Atualmente o projeto tem 15 anos de existência e um total de 100 integrantes divididos entre corpo de baile, produção e teatro. Em 2022, o grupo de dança lotou o teatro Tobias Barreto em duas sessões com o espetáculo “AYÒ – 15 Anos Registrando História na Educação”, como parte das comemorações dos 15 anos do grupo.

O grupo já ganhou o troféu do Encontro Cultural de Santo Amaro das Brotas (SE), como também outros prêmios, e foi indicado para representar o Brasil em um encontro de Cultura Africana no Senegal. O projeto é fruto de uma ideia original da professora Clélia Ferreira Ramos, e fundamentado na obrigatoriedade do ensino de História da África nas escolas brasileiras, lastreado pelas leis n° 10.639/03, promulgada pelo governo federal, e a de n° 5.497/04 do governo do Estado de Sergipe.

“Um quê de Negritude” visa desenvolver junto ao aluno da rede estadual de ensino um mergulho na história da África, não só no campo teórico mas também no campo prático, por meio das mais variadas interpretações da cultura africana. Ao longo dos anos, o grupo transcendeu a base pedagógica e hoje é um representante da cultura afro para toda a comunidade sergipana.

 

 

 

FONTE: AGÊNCIA ESTADO – SE

 

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