Faltando menos de 15 dias para um mês recheado de festas, animação e valorização da cultura, secretários e instituições vinculadas ao Governo de Sergipe se reuniram no final da tarde de ontem, 17, no Palácio Governador Augusto Franco, para discutir caminhos de elaboração de uma pesquisa socioeconômica referente ao período junino em Aracaju, com o objetivo de mensurar impacto dos festejos na economia de Aracaju e conhecer os atores envolvidos na realização do São João.

A ideia é fechar essa lacuna de dados que estão em falta para entender como a economia e o turismo movimentam o estado nesse período. “O governador Fábio Mitidieri quer mensurar o impacto socioeconômico do São João no nosso estado, inicialmente no município de Aracaju, mas com a proposta de abranger aqueles municípios tradicionais de festejos juninos. A gente quer através de dados se embasar e apresentar a sociedade o quanto é produtivo promover esses festejos”, falou o secretário da Casa Civil, Jorginho Araujo.

No encontro foi realizado um alinhamento entre as pastas para que, em conjunto, seja traçado um plano diagnóstico desse período “Esse foi um momento fundamental porque temos no São João um trabalho intersetorial, movimentando vários atores econômicos como costureiras, donos de bares, entre outros. Precisamos desses secretários reunidos para que a gente possa permear por todos os segmentos, então é fundamental ter todo o governo trabalhando como um só para termos um bom resultado no futuro”, disse o diretor do Observatório de Sergipe, Ciro Brasil.

Na oportunidade, o diretor apresentou seis objetivos específicos nesse primeiro momento: quantificar os investimentos públicos e privados (patrocínios) nos eventos;  identificar e quantificar os principais atores envolvidos na cadeia do São João (empregos gerados); aprofundar o conhecimento de alguns desses atores; avaliar a demanda e a oferta turística no período; ver o impacto econômico via arrecadação de ICMS, ISS e outros meios; além de fazer um estudo de perfil e avaliação do evento dos frequentadores do Arraiá do Povo, Forró Caju e outros eventos pontuais.

O arranjo produtivo econômico do São João movimenta setores como o de bebidas e de fogos de artifício no mês de junho, gerando emprego e renda. Para o secretário Especial do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo, Jorge Teles, esses dados serão esclarecedores e trarão verdades para os próximos festejos. “Tenho a certeza que a partir dessas informações nós possamos ter mais eficiência, para que a roda da economia possa girar, dando visibilidade a cadeia produtiva que hoje está invisível”, salientou.

De acordo com o secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, o setor do turismo é aquele que gera renda de forma imediata e com os dados em mãos, os caminhos futuros para uma melhoria do trabalho estariam facilitados. “São 30 dias de festejos, com o maior investimento da história e ter esses números é de suma importância, pois estamos lidando com dinheiro público e precisamos ter o trabalho bem feito”, admitiu.

Para a diretora-presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), Antônia Amorosa, entender a economia e o alcance dos festejos por meio de dados elimina qualquer unilateralidade que possa haver entre as pastas do Governo do Estado, já que trabalham com um objetivo fim. “O governador Fábio Mitidieri traz um modelo de governança diferente, com um trabalho de transversalidade, cooperação, integração e impessoalidade. Esse ponto inicial para uma pesquisa exploratória é muito importante para nós e eu fico muito feliz com a possibilidade de ter esses dados em mãos no futuro”, admitiu.

Também estiveram na reunião, a secretária da Seasc, Érica Mitidieri, a secretária da Sefaz, Sarah Andreozzi, o secretário da Sedetec, Valmor Barbosa, além de representantes do Banco de Sergipe (Banese), da Segurança Pública do Estado, da Superplan, da AGE, da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Instituto Banese.

Novas reuniões – Ainda de acordo com o secretário Jorginho Araujo, a primeira reunião ficou fechada à membros do Governo do Estado, mas os futuros encontros deverão englobar representantes de outros municípios e empresas locais. “É um processo lento e que deve ser feito a muitas mãos. Precisamos ouvir a opinião de outros representantes, por isso, novas conversas serão agendadas para que o estudo seja feito por diversos atores que estejam inseridos nessa cadeia”, finalizou.

 

Fonte: Governo de Sergipe

Foto: Erick O’hara

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