
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Segurança Pública (SSP) lançou nesta sexta-feira, 1º, a plataforma para o cadastro da Carteira de Identificação da Pessoa com Diabetes e da Pessoa com Hemofilia. As carteiras visam facilitar a identificação e garantir os direitos aos pacientes durante o atendimento médico em situações de emergência.
O processo de cadastro para emissão da carteira de identificação será centralizado na plataforma UnoID, disponível no site da SES: https://unoid.ses.se.gov.br/. O usuário deve selecionar a opção correspondente à sua condição (diabetes ou hemofilia) e preencher seus dados pessoais, incluindo informações de cadastro e anexando os documentos necessários, como relatórios médicos e a carteira de identidade.
Para o secretário de Estado da Saúde, Cláudio Mitidieri, a carteira de identificação irá permitir o reconhecimento ágil da condição do paciente. “Isso irá otimizar o tempo-resposta, possibilitando a adoção imediata das medidas necessárias para um tratamento adequado. Esse documento vai agilizar o atendimento médico aos pacientes como a coleta de exames em jejum para diabéticos, onde a identificação rápida pode ser crucial em caso de hipoglicemia e perda de consciência”, explicou o secretário.
A primeira-dama e secretária de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), Érica Mitidieri, esteve presente no lançamento e destacou que a emissão das carteiras de identificação representam um marco significativo. “A iniciativa contribui para a valorização e o cuidado das pessoas com diabetes e hemofilia, promovendo maior qualidade nos serviços de saúde e, consequentemente, na vida dos pacientes. Trata-se de uma ação que reforça o compromisso com a dignidade e a proteção dessa população. Parabenizamos o governo pela medida e esperamos que ela seja ampliada para outros estados, fortalecendo a atenção e o respeito a todos”, frisou a secretária.
Mais saúde
A criação da carteira de identificação para pessoas com diabetes, da Lei nº 9.586, contribuirá para aumentar a segurança do paciente em situações críticas, como casos de hipoglicemia ou hiperglicemia, onde o reconhecimento imediato da condição e dos cuidados necessários danos graves à saúde. “Ele facilitará o atendimento imediato e a identificação dos pacientes. Muitas vezes, o portador de diabetes pode enfrentar problemas de saúde no dia a dia sem ter como se identificar rapidamente. O cartão proposto agilizará o atendimento nesses casos. Portanto, este projeto é de fundamental importância, pois trará benefícios significativos aos portadores de diabetes no pronto atendimento”, enfatizou a deputada estadual por Sergipe, Áurea Ribeiro, autora da Lei.
O pesquisador da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e membro da Sociedade Brasileira de Diabetes, Lysandro Borges, frisou que a carteira de identificação é um marco histórico para Sergipe. “Além de incluir, ela valoriza a pessoa com diabetes e sinaliza para as unidades básicas, hospitais e clínicas, que essa pessoa tem a condição e que deve ser tratada prioritariamente, pois na diabetes a pessoa pode ter hipoglicemia, que é a queda do açúcar no sangue, provocando tontura, mal-estar, desmaio e se não tratada rapidamente, pode levar ao óbito”, explicou.
Já a carteira voltada para o paciente hemofílico, prevista na lei nº 9.585, inclui detalhes sobre a hemofilia, medicações utilizadas e orientações para atendimento de emergência, medida que poderá agilizar socorros em casos de urgência, evitando complicações graves. O presidente da Associação Sergipana de Hemofilia, Augusto César, disse que a carteirinha irá contribuir para que os pacientes sejam identificados com mais eficiência.
“A carteirinha será muito útil para que os pacientes possam ser identificados rapidamente ao chegarem em atendimentos de urgência. Isso garante mais agilidade e eficácia no cuidado, especialmente para quem tem hemofilia. A iniciativa também pode facilitar o acesso em diferentes áreas da saúde, contribuindo para um atendimento mais rápido e adequado”, ressaltou.
Emissão das carteiras
Após a realização do cadastro por meio da plataforma https://unoid.ses.se.gov.br/, a SES ficará responsável pela validação dos cadastros, contando com uma equipe médica que analisará os documentos para confirmar o diagnóstico de diabetes ou hemofilia, considerando as particularidades de cada caso. Após a aprovação, o usuário poderá escolher o Centro de Atendimento ao Cidadão (Ceac) ou o Instituto de Identificação, onde realizará a coleta da biometria (assinatura, identidade e foto).
O diretor do Instituto de Identificação e representante da SSP, Jenilson Gomes, contou que a expedição do documento será encaminhada para uma unidade de atendimento mais próxima do paciente. “Temos postos do Instituto de Identificação em mais de 60 municípios sergipanos, o que facilitará a entrega do documento para a população e evitando o deslocamento para a capital”, frisou.
Fonte, Secom – Estado.