
O Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e da Secretaria Especial de Cultura (Secult), marcou presença pelo terceiro ano consecutivo na Parada LGBT+, garantindo a participação de artistas no evento. Com o tema ‘Envelhecer é Resistir’, a 24ª edição da Parada reuniu milhares de pessoas, neste domingo, 31, na Orla da Atalaia, em Aracaju, em um grande ato de celebração, visibilidade e defesa dos direitos humanos.
Promovido pela Associação de Travestis e Transgêneros de Aracaju (Astra), o evento contou com apresentações de Karol Conká e de diversos artistas sergipanos, além de performances que exaltaram a cultura e a diversidade local. A programação incluiu ainda o Circuito do Orgulho, que levou às ruas de Aracaju uma série de ações de mobilização e conscientização, como pit-stops educativos, debates sobre saúde, empregabilidade e combate ao preconceito, além de atividades artísticas e culturais.
O presidente da Funcap, Gustavo Paixão, destacou a relevância do apoio governamental a iniciativas que unem cultura, diversidade e cidadania.“A Parada LGBT+ é um símbolo de resistência, orgulho e visibilidade. Para a Funcap, apoiar esta iniciativa é reafirmar o compromisso do Governo do Estado com a promoção da diversidade cultural e o respeito às diferenças. Nosso papel é valorizar a pluralidade como parte do patrimônio cultural do estado e contribuir para uma sociedade mais inclusiva e democrática”, ressaltou.
Já para o secretário Especial da Cultura, Valadares Filho, o evento representa um marco de cidadania e de fortalecimento das políticas públicas em defesa da diversidade. “A Parada LGBTQIAPN+ é um ato de visibilidade, cidadania e respeito. O Governo de Sergipe tem o compromisso de apoiar iniciativas que ampliam os direitos humanos e fortalecem a diversidade cultural. Estar junto deste movimento é reafirmar o papel do Estado na construção de uma sociedade mais inclusiva, democrática e justa”, destacou.
A coordenadora da Parada e fundadora da Astra, Tathiane Araújo, destacou o caráter amplo do evento, que vai além da celebração cultural e reforçou ações de conscientização social e direitos humanos.
“A Parada é uma manifestação pública que se desdobra em diversos setores da sociedade, promovendo cultura, turismo, conscientização sobre direitos humanos e debates sobre saúde e questões sociais. Este é um dia de celebração, em grande parte ligado à expressão cultural LGBT, que a cada ano avança ainda mais com o apoio da Funcap e da Secult. Nosso objetivo é valorizar os artistas sergipanos, garantindo recursos para que eles possam abrilhantar o evento e consolidar a Parada de Sergipe como uma das maiores do Brasil, reconhecida pelo seu caráter cultural e pela promoção dos direitos humanos”, afirmou.
Encantamento geral
A apresentadora Markíbia Mazort, responsável por conduzir as atrações da 24ª Parada LGBT+, ressaltou a pluralidade do evento e o impacto do apoio institucional na valorização da diversidade. Segundo ela, a Parada é mais do que uma festa: é um momento de união, resistência e amor.
“Essa é uma causa marcada pela pluralidade, e com o apoio do Governo e da Funcap conseguimos tornar a Parada ainda mais linda e significativa. Estamos aqui para abrilhantar um dia que celebra a nossa luta, a nossa voz e o nosso orgulho. Ame o diferente, ame o ousado — porque no fim, o que nos une é o amor. Aqui, cada gesto, cada sorriso e cada abraço reafirma que a diversidade é a nossa maior riqueza”, declarou.
Já a cantora sergipana Gardênia Mel, uma das atrações do palco (SOBRE)VIVER, ressaltou a importância da comunidade LGBT+ em sua trajetória e enfatizou o significado do tema deste ano. “Sou profundamente grata à comunidade LGBT+, que sempre acreditou no meu trabalho e me fortaleceu ao longo da minha carreira. Hoje, celebrar a diversidade com o tema ‘Envelhecer é Resistir’ é uma emoção enorme. Estar neste palco é uma honra e uma forma de contribuir para a visibilidade e o empoderamento da comunidade”, afirmou.
Quem também marcou presença na Parada foi a cantora Karol Conká, que subiu ao trio levando muita animação e energia ao público. “Estou muito feliz de estar aqui, em Sergipe. Recebo muitas mensagens de fãs sergipanos pedindo shows e estava ansiosa para esse momento. Fico emocionada por fazer parte de um evento tão importante. A Parada é um espaço de diálogo, de resistência e de luta por respeito. Aqui, celebramos o amor, a liberdade de ser quem somos e tratamos de assuntos urgentes para toda a sociedade. É uma alegria imensa cantar para vocês e compartilhar dessa energia tão poderosa”, declarou a artista.
Público aprova
O maquiador Ryan Mateus, 22 anos, ressaltou a relevância da Parada como um espaço de resistência e união da comunidade. Para ele, o evento representa não apenas uma celebração, mas também a reafirmação da luta por liberdade e respeito. “A nossa comunidade já enfrenta tantas dificuldades no dia a dia, e esse é o momento em que a gente se reúne para celebrar a diversidade e reafirmar a nossa liberdade. É um ato de resistência e também de alegria”, classificou ele.
A sergipana Hanna Bonfante, que atualmente mora na Irlanda, participou da Parada acompanhada da tia, Elma Santana. Para ela, estar presente foi uma forma de reforçar valores de respeito e igualdade. “É importante mostrar que temos respeito pela orientação sexual de cada pessoa e compreender que todo mundo é igual, que toda forma de amor é válida”, sublinhou Hanna.
Já Elma enfatizou a alegria em ver a valorização da cultura local dentro da programação. “Esse apoio do Governo é maravilhoso. Fiquei surpresa e muito feliz com o palco (SOBRE)VIVER, que neste ano foi um espetáculo à parte.”
O advogado Lucas Ernesto destacou que a Parada LGBT+ é um momento de resistência e de reafirmação de direitos. Segundo ele, a celebração vai além da festa, pois carrega uma pauta fundamental para a sociedade.“O direito à igualdade precisa ser garantido a todos, sem exceção. A transfobia é um crime, e combater esse preconceito é uma luta diária que carrego comigo. Estar aqui, celebrando com tanta gente unida pela diversidade, mostra que estamos avançando e que Sergipe tem dado exemplo de acolhimento e respeito”, afirmou.
O casal Suelle Nascimento e Lisley Kelly Serafim também marcaram presença na Parada LGBT+ e elogiaram o caráter acolhedor do evento. Para Suelle, a celebração vai muito além da festa. “Está sendo um momento maravilhoso, que acolhe e abraça a todos. É um espaço inclusivo, cheio de significados para nós. Estar aqui é mostrar que temos o direito de ser felizes e que o preconceito precisa ficar no passado”, ressaltou.
Lisley reforçou o clima de alegria e respeito que tomou conta da Orla de Atalaia. “Não tem como melhorar essa festa. Aqui, encontramos tudo: alegria, igualdade, diversidade e, acima de tudo, muito amor. O mais importante é ser feliz do jeito que cada um quiser”, concluiu.
Igualdade e respeito
Além de apoiar a Parada pelo terceiro ano consecutivo e reforçar a visibilidade da causa, o Governo de Sergipe mantém o compromisso com a garantia de direitos da população LGBTQIAPN+. Entre as iniciativas estão o programa ‘Trans Retifica’, que oferece suporte e isenção de taxas para o registro de nome social, e o Trabalho Digno Transforma, que promove cadastro para empregos e capacitações, ampliando oportunidades e fortalecendo a inclusão social.
Fonte, Secom – Estado.