O G20 Social significa a participação da população na definição de políticas públicas para o mundo. Foi o que afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, durante o programa Bom Dia, Ministro desta quinta-feira (7/11), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O evento inédito ocorre antes da cúpula dos chefes de estado do G20, que vai ser realizada nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. Desde dezembro do ano passado, o Brasil está na presidência temporária do grupo, que reúne os 19 países dos cinco continentes com as maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% da economia global e 75% do comércio internacional.

O G20 desempenha um papel importante na definição e no reforço da arquitetura e da governança mundiais em todas as grandes questões econômicas internacionais. A ideia, segundo Márcio Macêdo, é que com o G20 Social a população dos países integrem as discussões.


“O G20 em duas trilhas, que é a geopolítica, que discute só temas políticos para serem abordados na cúpula dos chefes de estado, e a trilha econômica, que discute a parte da economia. O que o presidente Lula faz? Ele na prática cria uma terceira trilha, que é o G20 Social. É algo inédito”.

“O G20 Social chamou a população a participar do processo do G20, porque o povo no G20 tradicionalmente fica a 10, 30 quilômetros fazendo protesto. O presidente Lula convidou as populações para poder participar do G20. Os chefes de estado vão definir políticas públicas que vão atingir todas as populações do mundo. E a população não participa desse processo? O povo vem contribuir com esse processo”, explicou o ministro


Como vai funcionar

Na presidência do G20, o Brasil definiu três assuntos prioritários a serem discutidos: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; a mudança climática e o enfrentamento da questão ambiental com transição justa para um desenvolvimento sustentável; e a reforma da governança global.

Desde o ano passado, uma série de debates e reuniões de negociação ocorreram entre 13 grupos de engajamento e movimentos sociais com as autoridades do G20 para discutir e alinhar pautas e propostas, com temas como mulheres, mundo do trabalho, startups e juventude.

Durante a Cúpula Social, que ocorre entre os dias 14 e 16 de novembro no Rio de Janeiro e antecede o encontro chefes de Estado, haverá uma série de plenárias para cada eixo temático, além de feiras, atividades autogestionadas (ações propostas pela sociedade civil), e a divulgação do documento de consenso que será entregue ao presidente Lula para ser encaminhado aos líderes mundiais.


“Nós vamos ter as atividades autogestionadas e a discussão sobre esses três temas. Ao final, no dia 16, terá um documento síntese, que vai ser entregue ao presidente da República e que será endereçado aos chefes de estado. Um documento da visão do povo e dos movimentos sociais organizados sobre os temas que estão sendo propostos no G20”, afirmou o ministro

 

 

Fonte: Agência Gov

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