“Precisamos unir os países do G20 em torno da necessidade de defender o financiamento para a educação, que ainda está longe de ser o adequado para a maioria dos países do G20 e do mundo”, defendeu o ministro da Educação do Brasil, Camilo Santana, durante o encerramento da reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Educação do G20 com um discurso enfático sobre a importância de reforçar o financiamento e a valorização dos profissionais da educação como fundamental para a construção de uma sociedade mais inclusiva.

Entre os temas discutidos ao longo das reuniões está a importância da valorização dos professores, com o ministro ressaltando a necessidade de reconhecer a contribuição desses profissionais. “Apresentamos um conjunto de ações que não apenas valorize, mas efetivamente reconheça o papel dos professores, principalmente na educação básica,” afirmou o ministro. Segundo Santana, a escassez de professores é um problema mundial, especialmente em áreas específicas como física, matemática, química e biologia, limitando o acesso universal à educação de qualidade.

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O GT abordou a relevância de diretrizes para as plataformas digitais e ferramentas pedagógicas para aproveitar a tecnologia e enriquecer o ensino. O documento a ser entregue para os líderes observa que “a experiência do usuário tornou-se um elemento-chave para medir o sucesso na área, o conteúdo de qualidade deve ser acessível e adaptável a diferentes contextos de conectividade. O Grupo (de Educação) também observa que a alfabetização digital e midiática se tornaram temas essenciais para os sistemas educacionais, ao lado do pensamento crítico, aprendizado socioemocional, cidadania digital e outros temas importantes”.

Durante o encontro foram apresentadas experiências de diferentes países, não apenas dos membros do G20. O uso de plataformas digitais e a integração de novas ferramentas pedagógicas são aspectos que podem transformar a educação, especialmente quando desenvolvidas com foco em padrões éticos, diversidade, equidade e inclusão.

As propostas aos líderes focam nos principais temas discutidos ao longo da presidência brasileira. A valorização dos profissionais da educação foi um dos eixos prioritários, com recomendações para promover políticas de recrutamento, retenção e desenvolvimento contínuo de professores. Em resposta à escassez global de educadores, o grupo ressalta a importância de melhorar as condições de trabalho e criar oportunidades de intercâmbio, reforçando a inclusão na profissão. Essas iniciativas fortalecem a educação universal inclusiva, equitativa e de qualidade para promoção de um mundo mais justo e sustentável.

A integração de plataformas digitais para o compartilhamento de conteúdo educacional sobre Desenvolvimento Sustentável, enfatiza a necessidade de envolver educadores e alunos na criação de recursos digitais que complementam o ensino presencial. O grupo apontou a importância da alfabetização digital, cidadania digital e uso ético de Inteligência Artificial na educação, buscando assegurar a inclusão e a equidade.

Durante o encontro, foi realizada a Exposição Virtual do G20, onde foram apresentados 49 vídeos de práticas de engajamento entre escola e comunidade. O ministro destacou que as escolas devem estar integradas às comunidades e conectadas às famílias para maximizar os impactos educacionais. “Quando a gente tem a relação da família com a escola, a gente consegue avançar a escola não pode substituir a família. A importância da relação da escola com a família e a comunidade. A UNICEF, a Unesco e a OCDE foram parceiros importantes para o G20 deste ano “, pontuou Santana.

O Ministro reafirmou o compromisso do Brasil com a educação durante a presidência do G20, o texto será apresentado na próxima reunião de líderes no Rio de Janeiro. Para ele, o documento representa um avanço sobre a necessidade de ampliar e garantir o financiamento para a educação em escala global, com compromisso a ser validado pelos chefes de Estado. A próxima presidência do G20 ficará sob a responsabilidade da África do Sul, e o Brasil vai apoiar a continuidade dessa agenda fundamental para o futuro da educação no planeta.

 

FONTE: GOV.BR

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