Coroada ‘Musa do Forró’, Paulinha Abelha fortaleceu o forró eletrônico com sua voz, carisma, sensualidade e talento

As cortinas se fecharam, a missão foi cumprida mas Paulinha Abelha nunca será esquecida. Seu legado fica para sempre e sua carreira de sucesso sempre será lembrada pela próximas gerações. Paulinha foi uma das maiores artistas que marcaram história no cenário musical nacional e principalmente no universo forró eletrônico, gênero que impulsiona o autossuficiente mercado de shows do circuito norte-nordeste do país. Paulinha foi voz sobressalente nesse circuito, impulsionado a partir da década de 1990 com a criação de bandas de forró.

A sergipana, natural de Simão Dias, começou a carreira aos 12 anos cantando em cima de trios elétricos músicas de Daniela Mercury, Bell Marques e Netinho, fenômenos do Axé Music que estavam no auge da carreira. Paulinha sempre amou o axé mas encontrou oportunidade para decolar no forró. Fácil não foi… ela começou justamente quando o gênero crescia e enfrentava preconceito por transformar a música… nos anos 80, o autêntico forró de Luiz Gonzaga se sentiu ameaçado pela novidade que foi batizada como ‘forró eletrônico’.

Com o passar dos anos, o forró eletrônico que começou com Mastruz com Leite Magníficus, Calcinha Preta e Forró Maior, ganhou força e se mantém forte até hoje, com uma nova roupagem e provou que tem espaço para todos.

Paulinha chegou com seu jeitinho, carisma e logo driblou o preconceito e começou a conquistar a sua legião de fãs desde a sua estreia no forró na banda Flor de Mel, em 1995. Logo foi convidada para cantar na banda Panela de Barro, onde conheceu seu grande amigo Daniel Diau.

Daniel Diau deixou a banda e foi para a Calcinha Preta, em seguida falou do talento da amiga para o empresário Gilton Andrade e logo Paulinha recebeu o convite para fazer parte da comissão de frente da mais gostosa do Brasil, em 1998.

O quarteto fantástico foi formado ao lado de Daniel Diau Silvânia Aquino e Raied Neto e Paulinha sempre se destacava nos programas de televisão. O carisma da cantora sempre chegava na frente e conquistava cada canto do Brasil.

A história na banda tem idas e vindas. Na primeira fase, Paulinha ficou 12 anos. Neste período se consagrou cantando grandes hits como “Furunfa”, “Louca Por Ti”, “Ainda Te amo” , “Baby Doll” e “Liga Para Mim”. No terceiro da banda, Paulinha foi homenageada com o sucesso que leva seu nome “Paulinha”, na voz de Daniel Diau, que foi o nome do trabalho.

“Essa música é de 2007, eu era recém-casada. O fã mandou uma carta e o empresário teve essa ideia de fazer uma versão. Na verdade é paródia, mas a gente chama de versão. Fiquei muito feliz com a homenagem e me senti plena quando entrei no palco e senti o carinho do público. Me emocionei muito e naquele dia passei a ter mais segurança da minha carreira e acreditar mais em mim”, contou Paulinha na época.

Paulinha saiu da banda para tentar projetos com outros integrantes da Calcinha em 2010. Seguiu seu então marido, Marlus Viana e passou a integrar os vocais da banda GDÓ do Forró…

Um ano depois, em 2012, eles deixaram a banda e iniciaram o novo projeto ‘Paulinha e Marlus’ – primeira dupla de forró do Brasil. Eles participaram de diversos programas de televisão e seguiram a carreira de forma ascendente…

Em 2014, ela retornou a Calcinha Preta ao lado de Marlus Viana e se uniram a Silvânia Aquino, Bell Óliver e mais uma vez se despediu da banda em fevereiro de 2016, durante uma apresentação no Carnaval de Salvador.

Paulinha Abelha seguiu Silvânia Aquino e se uniram ao velho parceiro Daniel Diau. O trio formou a banda Gigantes do Forró e seguiu cantando os sucessos da Calcinha Preta em todo o país.

Mas o projeto durou apenas um ano… em 2017, Paulinha Abelha formou mais uma dupla de forró, desta vez ao lado da sua grande parceira da carreira, Silvânia Aquino.

Em 2018, elas retornaram a Calcinha Preta ao lado de Daniel Diau e Bell Óliver até o fim da sua carreira.

Em 2020, a Calcinha Preta celebrou 25 anos com a gravação do seu quinto DVD onde Paulinha Abelha foi o grande destaque. Cantou grandes sucessos e gravou novos com Bell Óliver e Márcia Felipe.

A pandemia chegou e a banda deu uma pausa, mas começou a fazer lives, muitas beneficentes. Em abril de 2020, Paulinha bateu seu primeiro milhão de seguidores no Instagram e em pouco tempo dobrou a marca e passou a ser a sergipana mais seguida nas redes sociais.

A generosidade de Paulinha Abelha foi ainda maior durante a pandemia quando a Musa do Forró fez mais participações de lives beneficentes e ainda deu mais espaço para gravar com cantores veteranos como Nineia Oliveira e o estreante artista no cenário musical Gusttavinho Sobral que recebeu a sua bênção e presente participação com o hit ‘Pegou e Tchau’.

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