O Ministério Público ofereceu mais uma nova denúncia contra sete réus da Operação Fantasma realizada na gestão passada no município de Aracaju. São eles: João Alves Filho, Marlene Calumby, José Carlos Machado, Etelvina Francisca Santos Apolônio e Agamenon Sobral Freitas, por promover, constituir e integrar Organização Criminosa (Art. 2º, §4º, II, da ei 12.850/2013):
Troca de Mensagens com além de Ana Maria do Nascimento Alves, presidente do DEM em Sergipe e Bruno Alonso Santos, empregado do Partido, por embaraçar a investigação de infrações penais que envolvam organização criminosa (Art. 2º, §1º, da Lei 12.850/2013).
Segundo os promotores que integram o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado João, José Carlos, Marlene, Etelvina e Agamenon integraram autêntico esquema de distribuição de cargos comissionados do Município de Aracaju, beneficiando pessoas a eles ligadas por laços políticos, eleitoreiros e outros interesses pessoais, sabedores de que essas pessoas seriam fantasmas e não prestariam qualquer tipo de serviço público como contraprestação à remunerações recebidas dos cofres públicos.
No tocante à denunciada Etelvina Francisca Santos Apolônio, logrou-se apurar que ela, pessoa de absoluta confiança do ex-Prefeito João Alves Filho há Muitos anos, era encarregada de entrevistar e coletar currículos de correligionários e pessoas pessoalmente ligadas aos denunciados do Primeiro Núcleo, auxiliando a denunciada Marlene Alves Calumby a distribuir os cargos comissionados entre os futuros servidores fantasmas.
Segue a denúncia indicando que Etelvina, na qualidade de Chefe de Gabinete do então
Prefeito, era responsável por controlar diretamente a frequência dos servidores daquele
gabinete, havendo relatos nos depoimentos coletados de que ela, aliás, liberava a frequência
de vários fantasmas, assim como a denunciada Marlene Alves Calumby, dispensando-os expressamente de comparecer à sede da Prefeitura e de executar qualquer serviço público.
Sobre Agamenon Sobral Freitas, o MP constatou-se que o ex-vereador solicitou a nomeação de seus três irmãos, além de um sobrinho, diretamente com o Prefeito, para que recebessem remuneração dos cofres públicos sem efetivamente trabalharem. Em suas declarações prestadas nesta Promotoria de Justiça, ele reconheceu, ainda, que indicou e negociou a nomeação de várias outras pessoas, não apenas seus familiares, para ocuparem cargos públicos no âmbito do Município de Aracaju, mediante arranjos políticos com o então Prefeito, o denunciado João Alves Filho, para que recebessem remuneração sem trabalhar.