Remover os poluentes da água utilizada pela população e devolvê-la aos corpos hídricos tratada e em boas condições conforme as exigências da legislação e dos órgãos ambientais é a principal função de uma Estação de Tratamento de Esgoto, cujos resultados proporcionam impactos diretos na saúde das famílias, e, principalmente no equilíbrio dos ecossistemas do planeta. Nos próximos seis meses, cerca de 120 mil moradores do bairro Jabotiana, especificamente dos conjuntos Sol Nascente, JK, Santa Lúcia, anexos da região do bairro Aloque, bem como os imóveis construídos às margens da Avenida Tancredo Neves, precisamente nas imediações do Detran até a Faculdade Pio X, terão o esgoto doméstico tratado, fator crucial para a despoluição do Rio Poxim, que banha a região.
Construída pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), simultaneamente à obra do sistema de esgotamento sanitário (SES), que está sendo executada no bairro, a estação de tratamento fica ao lado da Lagoa Doce (curso d’água artificial formado ao longo dos anos em local, onde se concentrava um grande areal), e possui 3.500 m² de edificação em uma área de 54.000,00 m², sendo constituída por dois digestores anaeróbicos de fluxo ascendente (Dafa), um tanque de aeração, um decantador, dois leitos de secagem e duas estações elevatórias, que, uma vez em funcionamento, receberá todo o esgoto doméstico da região, fazendo o tratamento devido e lançando-o 100% tratado no Rio Poxim, além de pavimentação granítica em seu entorno.
Serviços
“Apesar da diminuição no ritmo dos serviços na fase inicial em razão da pandemia, e, ainda por conta das chuvas acima da média nos meses de maio e junho, o que dificultou os serviços de terraplanagem, imprimimos agilidade nos trabalhos. Já fizemos o plantio da gramínea em volta do espaço, executamos as estruturas de concreto armado da caixa de areia e da estação elevatória, do tanque de aeração, bem como o do decantador, do leito de secagem, laboratório, filtro dafa e a estrutura de desinfecção, além de termos implantado os 27 postes de iluminação”, detalha o engenheiro civil e fiscal da obra, Edson Barreto.
Edson Barreto destaca que no momento, os profissionais se revezam na execução de serviços para a finalização da obra. “57 operários trabalham na pavimentação do arruamento, na montagem dos equipamentos para as estruturas e das tubulações, de modo que, concluída essa etapa, faremos o plantio das árvores que irão compor o cinturão verde em volta do espaço (Nim, Ipê Amarelo, Pau Ferro, Mini-Icsória Vermelha e Eucaliptos). Posteriormente, iniciaremos a fase teste, e, provavelmente em maio de 2021, a estação estará em funcionamento”, explica.
Meio Ambiente
Para o secretário estadual do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, Ubirajara Barreto, a estação de tratamento de esgoto será importante para o bem-estar não apenas da população, mas sobretudo para a preservação do meio ambiente. “Tendo obedecido todas as exigências ambientais do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), e, estando devidamente regularizada no que compete à legislação ambiental, a obra reflete o compromisso do Governo do Estado para com a qualidade de vida dos sergipanos e da natureza. Somente no bairro Jabotiana foram investidos mais de R$ 100 milhões para o sistema de esgotamento sanitário, dos quais R$ 21.827.059,80, correspondem à essa obra, ressalta.
De acordo com o gerente de Coleta e Tratamento dos Sistemas Regionais da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO), Alexandre Jorge Ribeiro, a estação de tratamento do bairro Jabotiana é a 13ª construída pelo Governo de Sergipe. “Já operacionalizamos os sistemas de esgotamento sanitário na Barra dos Coqueiros, Brejo Grande, Itabaiana, Itabi, Lagarto, Nossa Senhora das Dores, na orla de Canindé de São Francisco, Pacatuba, na Praia do Saco em Estância, no Povoado Crasto em Santa Luzia do Itanhy e em Propriá. Até o final de 2021 e início de 2022 teremos ainda a implantação do SES em Ilha das Flores, Japoatã, Malhada dos Bois, São Francisco e a segunda etapa dos sistemas em Cedro de São João, Gararu, Lagarto e Simão Dias, atingindo assim um grande percentual da população sergipana”, afirma.