Por Edvar F. Caetano – CinformOnline

Não existe limite para o poder do STF. A Suprema Corte do Brasil é plenipotenciária, e tem domínio sobre tudo e sobre todos. Agora mesmo, o STF, através do ministro Gilmar Mendes, subverte o papel das Forças Armadas e diz o que é bom e o que não é para os quartéis, quando afirma que o país não tem ministro na saúde, e que a presença de Eduardo Pazuello na pasta, um militar condecorado e de alta patente, é um mal para a imagem do Exército.

O STF não contestou quando o ex-presidente Lula colocou como ministro da defesa do país não um civil qualquer, mas o deputado federal do Partido Comunista do Brasil por São Paulo Aldo Rebelo, que, por sua vez, colocou como sua secretária-geral Perpétua Almeida, militante do Partido Comunista do Brasil, no Acre, uma candidata derrotada na eleição para o Senado.

Essas nomeações do ex-presidente não feriam a Constituição, mas agrediam os costumes, a tradição de um país adepto da democracia, da liberdade de mercado e do direito de propriedade.

Por outro lado, não há nada mais limpo e transparente do que a nomeação de Pazuello, para que cause espécie no nobre Ministro. Essa atitude transparece como se o comandante das Forças Armadas dissesse ao presidente do Supremo que um juiz como ministro prejudicaria a imagem da Suprema Corte.  

O mesmo ministro Gilmar também agrega apoio ao ministro Dias Toffoli, na questão das atribuições de  poder do Ministério Público, o qual, segundo Toffoli, não pode conduzir operações sob sigilo em um determinado grupo, como é o caso da força-tarefa que lida com a bandidagem institucionalizada no Brasil, e que foi duramente golpeada com a operação Lava Jato.

Muita gente do mundo político não se conforma com a permanência dessa bem-sucedida operação, que resgatou bilhões de reais para o erário, e que colocou na cadeia muita gente até então considerada inatingível, tanto do universo político quanto do empresarial.

Hoje, correligionários da saga de malversação dos recursos públicos, potenciais alvos dessa operação, estremecem de medo dos desdobramentos e não se cansam de lutar pelo fim da Lava Jato, o mais rapidamente possível.           

O povo mais antigo dizia que “quem quiser conhecer alguém de verdade, dê a esse alguém poder ou dinheiro”. A sabedoria popular encontra base para esse adágio na recorrente embriaguez da alma que acomete quem toma assento à mesa do poder.

É esse poder ilimitado, essa independência absoluta, o que tem levado a alma dos senhores magistrados da Suprema Corte, afetados pela embriaguez do poder, a não mais os julgarem seres humanos, mas sim, deuses, cuja onisciência os faz conhecedores desde as artes de fabricação de pregos até a atracação de navios. Cuja onipotência os habilita a decidir desde briga de galo até cruzamento de mosquitos. Cuja onipresença os coloca, simultaneamente, desde o Oiapoque até o Arroio Chuí.

Há de se imaginar como esses poucos homens, às voltas com milhares de processos para serem julgados mensalmente, dispõem de tanto tempo para, semanalmente, estarem nos holofotes da grande mídia, emitindo tantas opiniões, quando seus pares, nos países civilizados de todo o mundo, primam, religiosamente, pelo anonimato e pela discrição, a fim de que julguem os processos com a devida diligência, honestidade e imparcialidade.

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