
Lembram do movimento feito pelo governo Lula da ampliação das normas de fiscalização sobre o PIX dos brasileiros? Graças ao trabalho da oposição, em sintonia com as redes sociais, a pressão da opinião pública foi maior e o presidente da República, mesmo a contragosto, se viu obrigado a recuar e tentou responsabilizar seus adversários políticos por inviabilizarem suas pretensões que, certamente, tinham um cunho eleitoral de olho em 2026.
Havia por parte de milhares de usuários do PIX algumas preocupações, como por exemplo, a instabilidade do sistema; a falta de privacidade e segurança nas transações financeiras, ao ponto de colocar em risco a viabilidade da plataforma. Acuado, a “solução” encontrada por Lula foi condenar a oposição de ter cometido suposto “fake news”, sendo que se ainda o fosse (blefe), o presidente da República não teria recuado naquele momento de instabilidade.
O governo “agiu rápido” tentando a todo custo conter a “sangria” que vem sendo com a alta dos alimentos básicos, como os ovos, a carne, o café e o arroz, e agora “surge” o “crédito consignado do Lula”, como bem disse a ministra Gleisi Hofmann, ao anunciar a chegada do programa em suas redes sociais, quando ela sugere: “o juro tá alto? Pega o empréstimo do Lula!”, e lá se vai o princípio da impessoalidade! Mas tá tudo bem! O STF, maior corte do País, também não respeita alguns princípios…
Focando no “consignado do Lula” é evidente que a medida traria grande repercussão, em especial junto às camadas mais pobres e da própria classe média que hoje está sufocada com a queda do poder de compra. Este crédito acima teria como garantia o FGTS do trabalhador. É natural que quem está em desespero, não pensa muito para correr a uma instituição financeira e buscar esse empréstimo, mas e como ficarão os milhares de “CLTs”, lá na frente, sem o FGTS ou com ele já comprometido?
Não estamos em um País onde as coisas funcionam e onde a economia vai bem! No Brasil quem geralmente investe alto, gera emprego e renda, e contribui para o desenvolvimento, finda sendo perseguido muitas vezes por questões políticas. E se os postos de trabalho continuarem fechando, o que fazer sem o FGTS no futuro para ao menos sobreviver em caso de desemprego? O brasileiro não tem educação financeira para o governo já lhe “oferecer” esta alternativa!
Com o “consignado de Lula” a tendência é que tenhamos um endividamento ainda maior por parte de uma parcela dos brasileiros, que já estão sufocados pela ineficiência do governo federal, que não consegue encontrar soluções para tirar o País desta situação difícil. E o pior: lembram da polêmica do PIX? Quando havia um receio das pessoas sobre a perda da privacidade em suas negociações financeiras? Um detalhe que parece “esquecido” do pelo governo: no consignado também lá se vai a “privacidade”…
O trabalhador brasileiro que é convencido a buscar o empréstimo “consignado do Lula” tem que permitir o compartilhamento de seus dados entre os bancos cadastrados, como o CPF, a margem consignável e o tempo de empresa. Há a garantia pelo governo da Lei Geral de Proteção de Dados, mas os interessados terão suas movimentações analisadas e receberão propostas de crédito personalizadas. Em síntese, pode resolver o problema temporariamente, mas, convenhamos, não podemos falar em privacidade…