
Nos últimos anos as decisões do Poder Judiciário estão sendo bastante contestadas, tanto por setores mais conservadores e de Direita, quanto por partidos políticos, movimentos sociais, entidades sindicais e setores da imprensa com um viés mais vinculados à Esquerda. Sendo mais objetivo, basta analisar a prisão e absolvição do ex-presidente Lula (PT), como também as denúncias consecutivas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que culminaram em sua condenação e prisão domiciliar.
Quando fora condenado (e preso), Lula não tinha muita “guarita” de setores da imprensa que, diante de um cenário de profunda insatisfação da maioria dos brasileiros com denúncias de corrupção e abusos cometidos por dirigentes petistas, era fácil terminar de “enterrar o defunto”! Com a eleição de Bolsonaro, um político com histórico duro no Congresso, fechado ao diálogo com a Esquerda e de difícil negociação com o “Centrão”, logo notou-se que se tratava de alguém “indesejado” ao “Sistema”.
Bolsonaro não fazia “lobby” com artistas e/ou comunicadores, não fazia “troca de favores” com deputados federais e senadores, e fazia a distribuição de benefícios com o maior equilíbrio possível, independente de cores partidárias. É evidente que boa parte de suas falas, além da postura mais conservadora, incomodava muita gente no “País do Jeitinho”; tentaram a todo custo provar a existência de algum indício de corrupção no seu governo, em seus atos, algo que ainda hoje não encontraram…
Mas sob a argumentação de supostamente liderar um “golpe de Estado”, mesmo estando fora do Poder e em viagem aos Estados Unidos, hoje Bolsonaro vive em prisão domiciliar sem qualquer justificativa, sem trânsito em julgado e sem oferecer qualquer recusa ou ameaça. Tudo por determinação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) que só agrada a quem se opõe ao ex-presidente, mas que gera desconforto, em quem tem a Constituição como uma referência.
Mas, se para alguns setores as decisões do poder Judiciário são amplamente questionáveis, imaginem agora, depois da revelação da ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, revelando em uma entrevista que a anulação das condenações do presidente Lula teria sido resultado de um acordo entre todos os ministros do STF! “Aquilo tudo é combinado. Eu sei porque a gente combinava as coisas”, disse a ex-ministra baiana! É isso mesmo que você está lendo!!!
Ainda segundo Eliana Calmon, Bolsonaro tinha a intenção de “transformar o STF em uma Corte meramente Constitucional”, o que, segundo ela, “acendeu a luz vermelha” e os ministros começaram a atuar para evitar a reeleição do então presidente, porque a Esquerda não tinha outro nome competitivo para enfrentá-lo (e vencê-lo) nas urnas. “O bote para a salvação do Supremo chama-se Lula da Silva”, concluiu a ex-ministra do STJ. Daí em diante o petista ficou “elegível” e todos já sabem o que aconteceu…
Agora, como perguntar não ofende, o que irão pensar os brasileiros a partir de agora, após as revelações da ex-ministra Eliana Calmon? Como acreditar na isenção de qualquer decisão do Supremo Tribunal Federal? A principal Corte do Poder Judiciário brasileiro está sendo acusada de parcial e política. Há quem vai dizer que “já sabia”, mas agora, com um depoimento de “lá de dentro”, de uma magistrada, o que fazer? Em quem acreditar? Vão continuar mandando, mas sem qualquer credibilidade…
Por Habacuque Villacorte da equipe CinformOnline.
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