
Há seis anos no setor de transporte, motorista da Viação Atalaia, Adeilson dos Santos, sempre sonhou em promover a mobilidade das pessoas com atenção e humanidade
Antes mesmo do amanhecer, enquanto a maioria das pessoas que utilizam o transporte público ainda dorme, com os despertadores programados para tocar a partir das 4h30 da manhã, Adeilson já está de pé desde a 1h30. Às 3h15, ele inicia sua jornada pelas ruas da Grande Aracaju, conduzindo mais do que um ônibus: levando mobilidade, inclusão e respeito a todos que embarcam com ele.
O dia 25 de julho, data em que se comemora o Dia do Motorista, ganhou um significado ainda mais especial para o operador do volante. Motorista da Viação Atalaia há 3 anos, Adeilson atuava anteriormente na antiga função de cobrador. Com o avanço da tecnologia no setor de transporte, a bilhetagem eletrônica trouxe mais segurança e praticidade para os passageiros, substituindo o pagamento da tarifa em espécie pelo uso integral do Mais Aracaju.
E, graças a essa inovação, em 2022, o motorista se viu mais próximo de conquistar uma nova atribuição no setor, após três anos exercendo uma atividade que, embora ainda ligada ao transporte, o manteve afastado do seu sonho de infância, que sempre foi conduzir vidas aos seus destinos com responsabilidade e empatia.
“O que eu mais gosto na minha profissão é poder ajudar uma gestante, uma pessoa em cadeira de rodas, um idoso. Isso para mim é muito importante, porque essas pessoas têm dificuldade e, se eu tenho como fazer algo significativo por elas, como ajudar para que o deslocamento aconteça da melhor forma possível, eu vou fazer. Eu abracei e escolhi ser motorista porque sempre foi meu sonho. Eu escolhi de coração, e é por isso que faço por amor à minha profissão”, revela Adeilson.
Capacitado profissionalmente pelo Sest Senat e atualmente conduzindo a linha João Alves (003), o pai de Camilly Vitória mostrou à filha de apenas seis anos que quando existe dedicação e esforço em cada dia de trabalho, o sonho que por ora parece apenas um desejo irrealizado do passado, ganha rumo e segue o trajeto certo, mesmo que às vezes por avenidas erradas. O que parece um fim de linha, na verdade, pode transformar anos de dedicação em conquistas esquecidas.
“Eu fico muito feliz porque o meu pai conseguiu o emprego que ele sonhou desde criança, que é transportar pessoas, como estudantes, idosos e até mesmo nossa família, como minha avó e minha mãe. Eu tenho orgulho do meu pai por ser motorista”, revela a pequena Camilly com um sorriso nos lábios.
Humanidade
Antes de conduzir diariamente vidas, todos os motoristas do setor de transporte público que atuam em Aracaju e região metropolitana, além de receberem as capacitações técnicas pela unidade do Sest Senat da capital, também são orientados pela instituição a serem solícitos e a tratarem o passageiro com respeito e humanidade, orientação que Adeilson sempre procura exercer.
Ele costuma unir essas orientações com algo que faz parte da sua essência: a fé e a vontade de ajudar quem precisa. Traçar o sinal da cruz sobre si, ação realizada antes de cada saída, é tão importante para ele quanto as demais obrigações, como fazer a vistoria interna e externa do veículo, atividade padrão obrigatória de domingo a domingo, em todas as linhas antes do início da prestação de serviço.
Para Adeilson, cada etapa da sua jornada de trabalho é essencial para melhor atender aos passageiros, e a fé é o combustível que ele precisa para, todos os dias, manter a humanidade e o propósito de auxiliar quem precise de assistência durante os percursos que marcam seu trabalho por trás do volante.
“O que me motiva a continuar é a minha fé e a certeza de que eu faço parte da história de cada passageiro, é poder realizar sonhos. A cada dia existe uma nova história, pessoas que vão estudar, trabalhar, sair em busca de emprego. Então, a gente trabalha sempre focado nesses pontos porque a responsabilidade do motorista está ligada à pontualidade, transparência e atenção redobrada”, conta o motorista.
O condutor ainda complementa que “quando alguém escolhe ser motorista, não pode optar por essa profissão visando dinheiro, e sim por amor ao ofício, que requer uma visão especial para aqueles passageiros que têm certa dificuldade ou pouca mobilidade. Ser motorista é estar atento a todos esses pontos e abraçar essa causa com dedicação e amor ao próximo.”
*Esta é uma matéria especial com o objetivo de homenagear todos os motoristas do transporte público que, diariamente, promovem uma mobilidade mais humana, personificados na história real de Adeilson dos Santos.
Por Assessoria de Comunicação.