O descarte irregular de óleo usado e resíduos sólidos nos ralos domésticos, comerciais e industriais podem prejudicar a rede de esgotamento sanitário. Por essa razão, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) se compromete com as diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que dispõe das condições necessárias para o funcionamento regular da rede de esgoto.

De acordo o diretor de Operação e Manutenção da Deso, Carlos Anderson, apesar de não ser recomendado o descarte de materiais sólidos nos vasos sanitários e ralos domésticos, como papel e restos de alimento, o maior problema identificado pela Companhia na rede de esgoto atualmente é o acúmulo de óleo nas tubulações.

Os canos funcionam como veias humanas e quanto mais se entopem com gordura, mais ficam obstruídos, dificultando a passagem dos dejetos para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE’s). Essa obstrução pode atingir um ponto em que o esgoto vaza nas ruas, o que seria equivalente a um infarto no corpo humano. Por isso, a Norma Brasileira (NBR) da ABNT de número 8160, dispõe das regras que a construção civil, privada ou pública, devem seguir em relação ao sistema de esgoto sanitário. “No documento, é obrigatório que dentro das casas tenham uma caixa de gordura. Ela vai separar o óleo da água descartada antes que chegue nas tubulações da Deso, filtrando a gordura”, explicou o diretor, pontuando que a limpeza nesses depósitos deve ser regular.

Além disso, estabelecimentos comerciais, como bares e restaurantes, também têm a obrigação de instalar as caixas de gordura, assim como as indústrias, que devem realizar um pré-tratamento da água descartada. Para o diretor, é necessário que a população se empenhe junto à Companhia no sentido de manter um serviço de qualidade. “A Deso tem total capacidade de tratar o esgoto de forma adequada, mas também precisamos da conscientização da população para que não haja transtornos”, ressaltou.

Monitoramento do esgoto

Amostras de esgoto tratado da Deso são diariamente analisadas no Laboratório de Análises de Água Residuárias, para certificar que o meio ambiente seja preservado o máximo possível. “Temos que seguir todas as exigências do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Uma delas é verificar se a quantidade de oxigênio no esgoto é suficiente para a vida da fauna e flora dos rios e mananciais, nos quais será despejado”, detalhou a técnica em Química da Deso, Joana D’Arc Prado.

Emergências

Em casos de vazamento de esgoto nas vias públicas, a população pode solicitar o reparo nas unidades da Deso ou no Centro de Atendimento ao Cidadão (Ceac) mais próximo. A solicitação também pode ser feita pelos telefones 4020-0195 e o 0800 079 0195 ou pelos canais de atendimento digital da empresa: a Agência Virtual e o Whatsapp (79 3142-3000). Quaisquer dúvidas sobre o assunto também podem ser esclarecidas no Manual de Serviços da Deso.

 

 

Fonte: Agência Estado

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