O câncer da pele não melanoma é o mais comum no Brasil e sua incidência cresce anualmente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar 185,6 mil novos casos de câncer de pele em 2022. Com a chegada do verão a partir desta quarta-feira, 21, o clima no Nordeste, e em especial no Estado de Sergipe, começa a esquentar bastante e a exposição excessiva ao sol acaba se tornando um dos principais fatores para a ocorrência da doença.

O melanoma é o câncer de pele mais agressivo, com alto índice de mortalidade. Ele pode surgir de uma pinta preexistente (que mudou de aspecto) ou surgir uma “pinta nova”, porém diferente das demais. Possui uma forte predisposição genética. O câncer de pele não melanoma é o mais comum, principalmente o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, ambos possuem forte associação com exposição solar prolongada, pelo dano acumulativo do sol, geralmente se manifestam como uma pápula vermelha em crescimento ou uma ferida que não cicatriza.

“Nesta época do ano, em que as pessoas estão mais expostas ao sol, é lançada a campanha Dezembro Laranja cujo o objetivo é conscientizar a população sobre os altos índices de câncer de pele no Brasil. É importante evitar se expor diretamente ao sol nos horários com altos níveis de irradiação ultravioletas (das 10h às 16h), usar protetor solar e roupas com fotoproteção”, alerta a dermatologista que atua na Clínica Pele Aracaju, Drª Lana Luiza da Cruz Silva.

Drª Lana Luiza da Cruz Silva, dermatologista

O diagnóstico da doença é feito, na maioria das vezes, através de um exame clínico, mas a confirmação é feita através da biópsia de pele com exame anatomopatológico. Sempre que possível, o tratamento é cirúrgico, através da remoção total da lesão. “As pessoas perguntam se o câncer de pele tem cura. Eu respondo que sim. Na maioria dos casos, a remoção cirúrgica é curativa, mas é necessário manter o acompanhamento dermatológico”, comenta.

Atenção para os sinais

Indivíduos que já tiveram queimadura solar (principalmente na infância e adolescência), que apresentam muitas sardas ou pintas no corpo, que tem pele muito clara (que sempre queima e nunca se bronzeia), quem já teve câncer de pele ou possui história de câncer de pele na família, além de indivíduos com história de exposição solar prolongada, ou com mais de 65 anos, estão mais propensos a contrair a doença e precisam redobrar os cuidados.

Mas como suspeitar que uma lesão pode ser câncer de pele? Drª Lana Luiza explica através da regra do “ABCDE”: A: assimetria, B: bordas irregulares, C: múltiplas cores; D: diâmetro maior que 6mm, E: evolução (lesões em crescimento, pintas que mudaram de aspecto, feridas com mais de 4 semanas que não cicatrizam).

 

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