Por Stephanie Macêdo – Rede Alese
Em meio à suspensão do calendário escolar para combater a pandemia da covid-19, centenas de alunos ficaram sem, muitas vezes, a única chance de se alimentar durante o dia, pois dependem da comida da escola para sobreviver. De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia do Ministério da Educação (MEC) responsável por repassar os recursos para alimentação escolar, a merenda beneficia 41 milhões de estudantes, da creche até a educação de jovens e adultos — o orçamento anual é de R$ 4 bilhões.
Diante desse cenário, o deputado estadual Zezinho Guimarães (MDB) anda apelando aos prefeitos dos municípios de Sergipe para que eles encaminhem os alimentos que são destinados à merenda para a mesa dos estudantes, uma vez que essas refeições são essenciais e fazem parte do dia a dia de diversos alunos.
“É inclusive a melhor alternativa para que esses alimentos não ultrapassem a sua validade e assim sejam descartados, e com isso, proporcionar a refeição na mesa das famílias desses alunos”, avalia o parlamentar.
O deputado lembra que ao fazerem esse ato, os prefeitos têm ao seu lado a Lei 13.987/2020, que permite a distribuição de alimentos adquiridos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A distribuição dos alimentos da merenda escolar poderá ser feita todas as vezes em que as aulas da rede pública forem suspensas em razão de situação de emergência ou de calamidade pública.
Em todo o Brasil, para 33% do total de beneficiados, o esse programa é ainda mais importante: são os cerca de 13 milhões de estudantes que vivem na faixa da pobreza ou da extrema pobreza no país.
Iniciativa
Dois municípios da Grande Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e o da capital do Estado já disponibilizam a merenda escolar para as mesas dos estudantes. O município de Aracaju liderou a iniciativa, sendo, inclusive, destaque de notícia em rede nacional.
Foto: Pixabay