Parlamentar quis demonstrar fidelidade ao presidente
Para quem acompanha com frequência as sessões da Câmara dos Deputados, em Brasília, não é novidade que o parlamentar paraense Wladimir Costa (SD/PA) se destaca pelos discursos efusivos e debates acalorados que costuma travar com adversários.
Apresentador de TV, cantor e radialista, a cada aparição pública sua – seja nas comissões ou no plenário da Casa – Wladimir busca criar um ambiente espetaculoso, a partir de narrativas de estilo cômico, para ganhar a atenção das pessoas e assim, se tornar reconhecido em todo o país, mesmo que por motivos não tão nobres.
Neste último fim de semana, o deputado talvez tenha alcançado o nível máximo da esquisitice ao aparecer em evento, na cidade de Salinópolis, no seu Estado, com uma tatuagem no ombro com o nome de Temer e uma bandeira do Brasil acima.
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Votação do impeachment da Presidente Dilma, em que ele dispara confetes.
PELA AMIZADE
Justificando a homenagem ao presidente da República, Wladimir Costa salientou, segundo ele, a longa amizade com Temer. “Sou amigo dele há quase 16 anos. Nesse momento, que tentam derrubar ele a qualquer custo, é minha forma de mostrar que parceiro que é parceiro derrama até a última gota de sangue”.
O parlamentar também fez questão de divulgar a sua tatuagem nas redes sociais. No Facebook, das quatro fotos postadas, em duas ele aparece sem camisa, exibindo orgulhoso seu feito. Além das imagens, o deputado adicionou uma mensagem para aqueles que não tenham simpatizado com sua atitude. “Podem falar o que quiserem, não me ofendo, mas eu só digo uma coisa: EU NÃO SOU HIPÓCRITA!”, escreveu ele.
De acordo com o deputado, a homenagem é permanente e custou R$ 1.200, parcelado em seis vezes no cartão, e não vai ser a única ao presidente. Wladimir afirmou que ainda pretende colocar na costela a seguinte frase: ‘Temer, o único e verdadeiro estadista do Brasil’.
POSSÍVEL PERDA DE MANDATO
Apesar de suas extravagâncias, o parlamentar paraense não está em bons lençóis com a Justiça Eleitoral. Em julho de 2016, seu mandato foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA) em função de gastos que não foram registrados na prestação de contas de sua última campanha, em 2014.
Como o processo ainda não foi julgado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Wladimir ainda não foi afastado do mandato nem considerado inelegível por oito anos, o que ocorre caso perca o recurso nessa instância.