Nomes das administrações estadual e municipal que saíram ou que sairão com vistas às próximas eleições

De acordo com a “Cartilha Eleitoral” da Procuradoria-Geral do Estado, os pré-candidatos a deputado estadual, deputado federal e senador devem se afastar dos cargos públicos seis meses antes das eleições, neste caso no dia 7 de abril, para concorrer nas eleições de 2018 que serão realizadas em outubro. Dessa forma, a expectativa para essa semana é de que, definitivamente, alguns nomes que podem concorrer nas próximas eleições e que ocupam cargos se manifestem. Ou ficam em seus cargos e não concorrem, ou saem deles para disputar um mandato.

Claro que, dentre todos estes, o nome do governador Jackson Barreto (MDB) é o que gera mais ansiedade, a ponto de muita gente conjecturar. Mas o próprio JB não disse, ainda, qual será sua decisão. E se alguns de seus interlocutores mais próximos garantem, em público, que ele será candidato, também dentre estes, em conversas reservadas, também estão em dúvida se o governador deixará mesmo seu mandato para buscar uma vaga no Senado em outubro próximo. Para não cometer um jornalismo “adivinhativo”, o CINFORM optou por conversar com alguns ocupantes de cargos públicos que se posicionam abertamente sobre suas pré-candidaturas. Dentre os nomes procurados pela reportagem, estes foram os que se dispuseram a falar.

Esmeraldo Leal – PT
“Deixei a Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) com a sensação de missão cumprida. Agradeço a oportunidade do governador e dos membros do PT. Foi um ato de confiança e agradeço a todos que fazem a agricultura do estado. Todos colaboraram muito com o meu trabalho nestes 3 anos e dois meses. Fui um secretário de campo e não de gabinete, construí uma relação de confiança com os servidores. Pretendo ser candidato a deputado estadual, foi um pedido dos profissionais do campo para que eu pudesse representá-los e deixei a Secretaria para atender a este chamado do campo. Vou apostar na minha candidatura e quero contar com o apoio dos trabalhadores do campo. Quero ouvir todos os setores organizados e movimentos da reforma agrária. O campo tem uma importância muito grande e merece receber mais políticas públicas. Quero ser um instrumento na Alese para valorizar o trabalho do campo. O Partido dos Trabalhadores está dialogando, mas acredito que nos próximos dias será oficializado o apoio à candidatura de Belivaldo Chagas (MDB) ao Governo de Sergipe”.

Fábio Henrique – PDT
“Estarei saindo no dia 5 de abril da Secretaria do Turismo e vou me candidatar a deputado federal. É uma prioridade do partido e já comuniquei ao governador Jackson Barreto. Diante de todas as dificuldades financeiras foi possível realizar um trabalho importante na Secretaria do Turismo. Foi nessa nossa gestão que pela primeira vez conseguimos inserir um voo internacional direto de Aracaju para a Argentina. Fizemos uma parceria com a ABIH para divulgar o estado nas maiores feiras de turismo do país. Entregamos à sociedade o novo Centro de Turismo completamente reformado com acessibilidade e é um dos pontos mais visitados em Aracaju. Foi um período de muito trabalho e me apaixonei pelo turismo, que precisa de mais investimentos para aquecer a economia. É um momento de renovação e quero ser deputado federal para legislar e discutir os problemas do país sem comprometer os direitos dos trabalhadores. Quero também defender o turismo e investir para gerar emprego e renda. Ainda não existem candidaturas definidas. O PDT faz parte da aliança que elegeu Jackson Barreto governador. Belivaldo tem se colocado como candidato ao Governo, mas ainda estamos conversando e discutindo. A prioridade é a minha candidatura para deputado e construir um palanque para Ciro Gomes, que é o candidato do partido a presidente”.

Silvio Santos – PT
“Nós assumimos a Funcaju num momento muito difícil. A crise econômica no país, a gestão desastrosa de João Alves que desestruturou o Fundação e a necessidade de imprimir uma gestão marcada por contingenciamentos no orçamento para fazer frente a reestruturação da máquina pública, bem como a reconstrução da nossa cidade nos trouxeram muitas dificuldades. Mesmo assim arregaçamos as mangas e fomos à luta. Iniciamos um processo de requalificação da Escola de Artes Valdice Teles, demos vida, com uma agenda de eventos permanente, ao Centro Cultural de Aracaju, reativamos o Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, reequipando-o, abrindo cursos, oficinas e formando novos realizadores, realizamos o Festival Brincantes para dar maior visibilidade à nossa rica cultura popular, criamos uma agenda de ocupação do centro histórico com programas como o Ocupe a Praça e o Quinta Instrumental, que já se consolidaram como eventos culturais importantes para a juventude e para os que gostam de arte, assim como viraram referência na valorização dos nossos artistas. Muitas outras ações foram feitas nesse período e mesmo diante de todas as dificuldades, acho que conseguimos apresentar um trabalho que deve continuar e avançar. Sou pré-candidato a deputado estadual. Venho trabalhando e defendendo uma estratégia política em meu partido, o PT, e nessa estratégia me disponho a disputar uma vaga de representação do nosso povo na Assembleia Legislativa de Sergipe. Tenho uma larga experiência adquirida no movimento sindical e nos cargos públicos que ocupei sempre em defesa das reivindicações da sociedade e, em especial, da classe trabalhadora. Tenho compromisso e pretendo representar as causas dos trabalhadores e da cidadania na defesa de seus direitos, novas conquistas e formulando, a partir do diálogo social, nas políticas públicas de cultura, meio ambiente e inclusão social. Defendo que o meu partido se mantenha no campo político que governa o Estado desde 2007 e que até 2013 foi liderado pelo saudoso governador Marcelo Déda. Esse campo hoje trabalha na perspectiva de ter o vice-governador Belivaldo Chagas liderando a eleição como candidato a governador. Acho que Belivaldo reúne as principais condições para liderar esse bloco de partidos progressistas. Mas é um processo que ainda está sendo construído. Espero que aqueles que se entendem como “líderes” tenham juízo e estejam à altura dessa construção. Caso contrário, o PT saberá buscar seus próprios caminhos”.

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