A incrível história desse brasileiro que ousou
pensar grande e construiu um império
Por Simone Donald
Em sua passagem relâmpago por Aracaju para proferir mais uma de suas concorridas palestras sobre empreendedorismo, o megaempresário Carlos Wizard Martins, considerado o nome mais emblemático no meio empresarial brasileiro, com negócios de grande vulto e capilaridade em outras partes do mundo, encontrou uma brecha e conversou com a gente.
Ao chegar, me deparo com um homem esguio, elegante nos gestos e no tratar, cortês, simples e com aparência frágil para os estereótipos do que é um gigante em poderio empresarial. Polido, sempre com um leve sorriso, visivelmente organizado e atento aos pormenores, enquanto recebia a Imprensa com cortesia, observava cada detalhe de enquadramento e luz para as entrevistas de TV. O maior empresário brasileiro da atualidade revelou um pouco do que pensa e de como enxerga o mundo, se mostrando muito além do óbvio- o fato de ser um bilionário elencado pela Revista Forbes.
Detentor de uma holding com inúmeras empresas de grande porte- o Grupo Sforza, ele conta que para investir em um negócio ele precisa ter capacidade de crescimento em escala, sem limitação geográfica e com contínuo potencial de crescimento. Detalhista, seus olhos percorriam o ambiente com sobriedade, revelando sua personalidade determinada que prima pela excelência.
Já nas primeiras frases, percebemos estar diante de um homem que prima pela ética e honradez, do tipo que não negocia valores, uma espécie de reserva moral que o distingue perante a opinião pública, em um país carente de exemplos. Eminentemente prático, assertivo e em busca de performance e resolutividade, Wizard falou de uma de suas novas apostas, a Aloha, empresa de Marketing de Relacionamneto que considera uma grande oportunidade para os brasileiros que não detém muitos recursos para iniciar um negócio e ganhar a liberdade financeira. Ao chancelar com seu nome esse negócio, o empresário parece ter credibilizado ainda mais o segmento.
Carregando a bandeira do empreendedorismo, como uma espécie de missionário, Wizard vive uma saga sem precedentes na história do Brasil, em inúmeras viagens, doando um pouco do seu escasso tempo para falar às massas o seu case de sucesso, na tentativa de iluminar mentes e inspirar pessoas a alcançarem um novo patamar de realização e sucesso. Motivo? Gratidão a tudo que a vida lhe sobejou! Dividir segredos impressos em seu DNA de êxitos, fazer mais milionários, mostrar que é possível sim, sair da condição de escassez e construir um caminho de prosperidade, esse é o seu legado, mas nem só de grandes negócios vive o bilionário brasileiro, sua família, que ele sempre que possível fala com visível amor e orgulho, sua fé e sua igreja, são suas prioridades máximas. Um homem equilibrado, cônscio de seu papel e longe da vida de excessos. Conheça mais dele.
Cinform – O Senhor sempre aponta o caminho do empreendedorismo como a porta para a mudança de vida, como o brasileiro comum pode entender que é possível construir uma nova realidade?
Carlos Wizard – Eu acredito que as pessoas precisam pensar grande e começar pequeno. Eu cito o meu exemplo, quando eu comecei a empreender, eu era um professor de inglês, e, embora eu tivesse um plano ,um desejo de ter uma grande escola, eu comecei pequeno, comecei dando aulas na minha casa, para 1 aluno, 2 alunos, 3 alunos…. E dessa forma o negócio foi crescendo. Então às vezes a pessoa tem um bom plano, um bom projeto, mas ele pensa que tem que encontrar um excelente ponto e fazer um investimento milionário, não é assim. O segredo é pensar grande, mas começar pequeno.
Cinform – O senhor conta que perdeu o emprego em um determinado momento, quando já era casado. Aquilo que parecia ser uma tragédia naquele momento, foi a mola propulsora para a transformação na sua vida. O senhor vislumbrava chegar aonde chegou?
Carlos Wizard – Eu jamais poderia imaginar que o meu projeto que começou de uma forma tão simples, tão doméstica, tomaria à proporção que tomou. Eu acho que todas as pessoas quando estão empreendendo, estão como a atravessar um túnel escuro, não conseguem ver o que tem no final dele, mas à medida que ela vai acreditando em si, acreditando no projeto e acreditando no seu sucesso, ela vai dando um passo de cada vez e, finalmente, consegue encontrar o resultado.
Cinform – O senhor se considera um escolhido, alguém predestinado para um feito especial? Visto que a maioria dos brasileiros trabalha muito e não consegue conquistar sucesso e prosperidade?
Carlos Wizard – Eu certamente não poderia deixar de reconhecer o valor da fé e a importância de Deus na minha vida. Quando tinha 12 anos, meus pais conheceram a Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias, e graças a isso toda a nossa família ganhou. Com uma base sólida e muito trabalho construí a minha história, sendo sempre incentivado a pensar grande. Os pais precisam incentivar seus filhos, fazê-los enxergar além, reconhecer seu potencial. Eu sou um exemplo de que é possível! Sou filho de um caminhoneiro e de uma costureira, venho de uma família simples, mas com fé, honestidade, determinação e trabalho pude transformar a minha realidade. A fé ajuda o ser humano em tudo, lhe dá direcionamento, disciplina, nos faz pessoas melhores, ajuda a pensar de uma forma equilibrada, a tomar decisões. Não posso deixar de reconhecer o quanto a vida me beneficiou, sou realizado em todas as áreas, e hoje quero ajudar o máximo de pessoas, esse é o legado que quero deixar.
Cinform – Se o senhor pudesse dar um conselho, qual seria?
Carlos Wizard – Acreditar no seu potencial, entender que cada um tem capacidades e talentos específicos, que precisam ser despertados. Todos podem ter acesso ao sucesso, ascender, sonhar e conquistar, independente de onde nasceram. Tudo está na mente, é preciso pensar grande e trabalhar com disciplina. Quando o indivíduo encontra o seu talento e se esmera, tem início a transformação.
Cinform – O senhor tem uma realidade de vida muito distante da maioria dos brasileiros. Como se manter humanizado?
Carlos Wizard- Toda pessoa que chega a um patamar de liberdade financeira, tem que manter a humildade, lembrar de onde veio. Eu compartilho nas minhas palestras, que meus pais eram pessoas simples, como somos muito influenciados por nossos pais, àquela época, meu sonho era ser um caminhoneiro. Com sacrifício fui estudar nos EUA, lá me formei e guardo com carinho e gratidão o berço modesto de onde vim. Isso me conecta às pessoas.
Cinform – Um orgulho que sua vida de empresário lhe deu?
Carlos Wizard – Tenho orgulho de ter começado de forma modesta a dar aulas em casa e, a partir disso, ter criado a maior rede de escolas de idiomas do planeta, onde milhões de pessoas abriram seus horizontes, graças ao trabalho que desenvolvi. Isso me traz uma satisfação muito grande. Lembro de no ano passado, ao proferir uma palestra em Harvard, ser acessado por um rapaz que me disse: Carlos, eu queria agradecer a você, pois, se estou aqui, estudando nesta universidade, é graças também a você. Eu disse, ‘me desculpe, mas não estou lembrado, a gente se conhece?’ Ele disse, ‘não, o senhor não me conhece. Eu vim do interior da Paraíba, e na minha cidade, a única escola de Inglês que havia era a escola da sua rede. Lá eu estudei, me preparei, fiz o exame e fui aceito em Harvard. Se não fosse isso…’
Visivelmente emocionado, olhos marejados ao contar essa história, ao finalizarmos a entrevista.