Procura por espaços compartilhados tem crescido no país
A busca por espaços compartilhados tem crescido em todo o país. São profissionais dos mais diversos segmentos e portes que buscam nos chamados coworking não só uma diminuição nos seus custos de funcionamento, mas também aumentar a sua rede de contatos (o famoso networking).
O coworking é uma estação de trabalho, um ambiente onde um profissional pode desenvolver projetos e habilidades profissionais, dentro de um ambiente corporativo e cercado por profissionais de diversos segmentos que podem fechar negócios com você.
“Essa não é uma regra, mas a maior demanda no nosso espaço hoje é de engenheiros, arquitetos e comunicadores. Mas o grande perfil de profissionais que buscam este tipo de serviço ou do escritório virtual são profissionais liberais e autônomos, como contadores, por exemplo”, comenta Bruno Pontes, gerente de uma unidade de coworking em Aracaju.
Para o designer gráfico Dalmson Fontes um dos fatores que mais influenciaram na sua opção por trabalhar em um coworking ao invés de um local próprio, foi a menor taxa de manutenção e a rede de contatos que ele poderia formar dentro do ambiente.
“Um dos pontos mais fortes de um coworking é o custo mais baixo para a manutenção da empresa em um espaço otimizado. Além disso, você consegue fazer muito mais conexões profissionais do que se você estivesse trabalhando em um local só seu”, comenta.
NETWORKING
Dalmson Fontes é designer gráfico e trabalha criando materiais e gerenciando redes sociais. Ele conta que dentro do coworking já fechou trabalhos com outras pessoas que trabalham com comunicação, seja virtual ou mesmo em outdoors, e com arquitetos.
“Como o espaço é compartilhado, as relações que se formam aqui dentro acabam facilitando o fechamento de negócios com quase todo mundo. Só não fecha negócio dentro de um coworking é quem fica quieto, sem falar com ninguém e sem vender o seu trabalho”, comenta.
MENOS CUSTOS
Existem algumas possibilidades de pacotes ao optar por alocar uma empresa dentro de um coworking. Bruno explica que a primeira opção é o coworking em si, em que o contrato é feito pelo tempo que aquele espaço será utilizado por semana, a segunda são as salas privativas, além do escritório virtual, em que o contratante não utiliza o espaço físico.
“Independente do tipo de pacote que o cliente deseje ele terá um endereço fiscal e comercial, que é fundamental para aqueles que precisam tirar notas fiscais, telefone para recados, atendimento personalizado, correspondência ilimitada, internet de qualidade e salas de reunião. E o valor que é pago aqui é muito mais em conta do que se ele fosse montar essa estrutura sozinho”, explica.
Quando se abre uma empresa, se tem custos com aluguel, energia, água, segurança, internet e até mesmo mobiliário. E tudo isso acaba aumentando os custos de manutenção de uma empresa. Ao contrário do que acontece em um coworking.
“Pelo meu pacote eu pago R$ 175 por mês para trabalhar três vezes por semana aqui. Colocando na balança esse custo e os benefícios que eu tenho, vale muito a pena. Se eu fosse pagar uma internet tão boa quanto a que eu tenho aqui eu teria que pagar por volta de R$ 300, sem falar nos outros custos. Então esse tipo de espaço é ótimo para quem está começando e para quem trabalha com uma equipe pequena”, comenta Dalmson.