Os dados mais recentes dos indicadores epidemiológicos referentes à covid-19, na capital sergipana, apontam para um aumento de casos da doença durante períodos festivos. Apesar da expressiva queda do número de casos, internamentos e óbitos, quando comparado ao pico mais elevado da pandemia, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) alerta para os cuidados e atenção, em períodos festivos, bem como reforça a necessidade da vacina para controle da doença.
Conforme a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde de Aracaju, Taise Cavalcante, a avaliação das últimas cinco semanas mostra uma queda do número de casos, semanalmente, porém, o período festivo acendeu um alerta.
“Em 2022, logo após três períodos festivos, janeiro, junho/julho e novembro, foi registrada uma subida de casos e é nisto que estamos atentos, neste momento. Finalizamos o ano de 2022, mais especificamente a última semana, que chamamos de semana epidemiológica 52, com positividade de 10,4%, isto quer dizer que essa foi a porcentagem total de resultados positivos de todos aqueles que fizeram teste para covid-19.
Antes do Natal, ressalta Taise, a taxa de positividade estava em 30%, “e finalizamos a última semana do ano numa positividade de pouco mais de 10%”. A diretora frisa ainda que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que existe controle quando a taxa está abaixo de 5%. “Querendo ou não, ainda precisamos estar com esse alerta para que o número de casos não venha a subir”, avalia.
“Pessoas com sintomas gripais devem usar máscara, evitar aglomeração e aumentar a higienização das mãos. As pessoas mais idosas, gestantes, as que possuem comorbidades, que continuem nesse hábito de usar máscara se forem a algum local fechado e aglomerado. É importante que a população geral olhe seu cartão de vacinação, veja se completou seu esquema vacinal e, caso não tenha completado, procure completar”, orienta.
Taise ressalta que 91% da população tomaram a primeira dose, o que significa que ainda há um público que não tomou nenhuma dose. “É essencial essa proteção coletiva para que a gente evite a transmissão de novas cepas. O vírus é o mesmo, porém, ele vem de forma diferente a cada momento que ele passa por aí”, alerta a diretora.
Queda de internamentos 
De acordo com Taise Cavalcante, na semana 51, houve uma média de 31 casos de internamentos por dia. Já na semana 52, foram 17 casos, o que representa uma queda de 45% em sete dias.
“Vale frisar, essas pessoas internadas, mais de 95% delas têm mais de 70 anos. Na última terça-feira [3], por exemplo, eram 14 internados, sendo 13 deles com mais de 70 anos de idade, e uma criança de 4 meses que, na realidade, não entra no esquema vacinal ainda porque a vacina, hoje, está disponível para crianças acima de 6 meses”, observa ela.
Além disso, salienta Taise, essas pessoas com mais de 70 anos podiam até estar com o esquema completo, mas tinham tomado a última dose há mais de cinco meses. “Justamente por isso o reforço da vacinação que foi adotado apenas por alguns municípios e, aqui na capital sergipana, instituímos, pela avaliação, a partir do acompanhamento que realizamos”, complementa.
Óbitos
Ainda conforme os dados da SMS, o mês de dezembro foi finalizado com sete óbitos, em novembro foram cinco; todos de pessoas acima de 70 anos, com a mesma característica de não ter completado o esquema vacinal ou tê-lo feito já há cinco ou seis meses.
“Mesmo tendo um número maior de pessoas adoecidas, nessa última onda de dezembro, foi um número menor de óbitos, comparando, tanto com a segunda onda, em que tivemos, nos mês de julho, 22 óbitos, e o mês de fevereiro, que foi o mês de maior óbito que foi com a entrada da ômicron, com 69 óbitos”, pontua a diretora.
Segundo Taise, essa diminuição de óbitos, em 2022, mesmo em meio a novas ondas, é resultado da vacinação. “A vacina tem o poder de proteção e, se a pessoa adoecer, essa doença vem de uma forma mais leve e evita óbitos. Chegamos a ter, em abril de 2021, 417 óbitos, que foi o pico de óbito que tivemos, em toda a pandemia de covid, em Aracaju. Em junho de 2020, 251 óbitos. Quando chegamos em 2022, o mês que tivemos maior número de óbitos foi fevereiro, com 69 óbitos”, explana Taise.
Crianças
Outro ponto destacado pela diretora diz respeito à vacinação infantil. Ela chama a atenção para o aumento do número de atendimento a sintomas gripais e internamento de crianças de 0 a 4 anos. No final do ano passado, Aracaju iniciou a vacinação para crianças de 6 meses a 2 anos, e a Secretaria da Saúde considera extremamente importante a vacinação desse público.
“Vacina é uma condição, é uma proteção, é prevenção que já existe há muito tempo. O programa de imunização do Brasil é reconhecido mundialmente como o que mais vacina. Desde 2013 para cá, no entanto, passamos por processos de diminuição da cobertura vacinal, em todas as vacinas do calendário de rotina da criança menor de 1 ano, que são das principais doenças que antigamente matavam mais. Então, mãe, pai, avós, responsáveis, levem suas crianças para que iniciem o processo de prevenção de doenças desde pequenos”, estimula Taise.
Cadastro
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) iniciou o cadastro de crianças de 6 meses a menores de 5 anos para aplicação da primeira dose de Pfizer Baby, imunizante contra a covid-19. A iniciativa tem como objetivo utilizar todas as doses para evitar perdas após a abertura dos frascos.
Para se cadastrar, basta preencher o formulário disponível no endereço eletrônico www.aracaju.se.gov.br e aguardar o contato da equipe da SMS.
Ao acessar o formulário no site da Prefeitura de Aracaju, os pais ou responsáveis fornecerão nome completo da criança, sexo, data de nascimento, CPF, nome da mãe, telefone para contato, bairro e se já recebeu alguma dose de vacina.
Pontos de vacinação 
A Saúde de Aracaju mantém salas de vacina em todas as 45 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de segunda a sexta-feira, além dos três shoppings (Jardins, Riomar e Aracaju Parque Shopping) aos sábados, de 10h às 17h.
FONTE: AGÊNCIA ARACAJU DE NOTÍCIAS

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