“Não retiro o que eu disse de forma alguma”. Essas foram as palavras do coronel da Polícia Militar de Sergipe (PM), Bené de Oliveira Gravatá, que denunciou na imprensa a conduta ético-disciplinar do comandante geral da PM, Marcony Cabral, o chamando de “mau caráter” ao vivo em um programa de rádio, por afirmar que ele estaria envolvido no desvio de fraudes no abastecimento de viaturas da PM.
A acusação resultou no Procedimento de Apuração Disciplinar (PAD), ficando à disposição do diretor do Hospital Militar da Polícia Militar de Sergipe (HPM), George Araújo. O coronel Gravatá não pode sair do local de trabalho em horário de expediente durante 10 dias. Ele será ouvido pela diretoria do hospital na próxima semana.
Para o diretor do HPM, George Araújo, o procedimento vai apurar se houve transgressão disciplinar ou crime militar, se este último for confirmado, ou seja, se houver indícios da prática de crime militar, será aberto um Inquérito Policial Militar (IPM).
A denúncia de fraudes no desvio da gasolina foi no tempo em que o coronel era corregedor geral da PM (dezembro de 2017) e resultou no indiciamento de duas pessoas, incluindo um terceiro sargento lotado no Centro de Suprimento e Manutenção da PM, e ainda um frentista de um posto de gasolina credenciado.
“Eu quero mostrar a sociedade sergipana o que ocorre dentro da corporação. Eu quero que tudo seja apurado. É uma sensação de privação de liberdade”, complementa o coronel.