O Governo do Estado, por meio da Secretaria Especial do Trabalho, auxiliou na logística e instalação de uma estrutura para ampliar a conscientização sobre o tema
Em defesa da garantia dos direitos ao trabalho digno, o Governo do Estado, por meio da Secretaria Especial do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), une esforços junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e Instituto Social Ágatha para enfrentamento do trabalho escravo em Sergipe. Dentre as ações que integram essa parceria, foi realizada uma exposição durante o Sealba Show, um dos maiores eventos de agronegócio da região Nordeste, que ocorreu em Itabaiana, na região agreste do estado.
Com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Sergipe (Faese), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), um espaço foi reservado para divulgação e sensibilização da causa.
“A busca constante pelo trabalho digno e pela oferta de condições ideais de trabalho são algumas das nossas prioridades. Dados e denúncias recentes mostram que o trabalho escravo continua se manifestando e assumindo novas formas na contemporaneidade. O Governo do Estado está trabalhando de maneira ativa, por intermédio da Seteem, para coibir essa prática nefasta, proteger e assegurar a dignidade dos trabalhadores e garantir a subsistência deles no mercado formal. A parceria com o MPT e o Instituto Ágatha é essencial para esse combate!”, afirma o secretário da pasta do Trabalho, Jorge Teles.
Para a diretora do Instituto Ágatha, Talita Verônica, a união com o poder público é capaz de impactar e transformar a sociedade. “Eu creio que essa união só fortalece a luta e vai trazer um alcance muito grande junto a sociedade. Eu creio que quanto mais pessoas souberem sobre o assunto, menos vítimas teremos”, ressalta.
Segundo Talita, a exposição no evento foi bastante significativa. “Ao interagir com as pessoas no Sealba Show, vimos a importância de trazer os empresários e a sociedade envolvida no agronegócio para perto do tema, mostrar a realidade e engajá-los a também entrar nessa luta”, ressaltou.
Dados e ações em andamento
Em 2022, cerca de 2.575 pessoas foram resgatadas de trabalhos análogos à escravidão, de acordo com a Agência Brasil. Segundo o MPT, 1.973 denúncias foram recebidas nesse mesmo ano.
Para ampliar a conscientização sobre o tema, o MPT e Instituto Ágatha realizaram uma campanha entre os dias 23 e 28 de janeiro, na capital sergipana, durante a semana do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Uma das ações foi a realização do I Fórum de Combate ao Trabalho Escravo de Sergipe, com apoio do grupo de pesquisa Trabalho Escravizado Contemporâneo, da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Na ocasião, informações públicas e escassez de dados sobre o tema foram ressaltados.
“A falta de dados interfere na prevenção e, também, na repressão, mas junto com o MPT temos articulado com as prefeituras das cidades que mais possuem trabalhadores resgatados. Através disso, vamos começar o mapeamento de políticas públicas e também um mapeamento das vítimas resgatadas. Com isso, ainda nesse semestre, já vamos ter desenhado o perfil da vítima de trabalho escravo em Sergipe e as políticas públicas existentes. Vai ser um trabalho árduo, porque estamos partindo do zero, mas sabemos que tudo isso vai resultar em transformação social e políticas de acolhimento e prevenção”, afirmou a diretora do Instituto Social Ágatha, Talita Verônica.
FONTE: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO GOVERNO DE SERGIPE