POR HABACUQUE VILLACORTE 

Futebol se resolve dentro de campo, onde os atletas devem se empenhar com raça e qualidade técnica, seguindo um esquema tático e tentando converter mais oportunidades de gols que seus adversários. Mesmo sem ser especialista no assunto, este colunista, assim como todo brasileiro, se considera um pouco “conhecedor”, ao ponto de querer dar seus palpites, apontar suas avaliações. A semana terminou “amarga” para boa parte da torcida brasileira que sonhava com a conquista do hexa na Copa do Mundo do Qatar, mas foi surpreendida com a eliminação para a Croácia nas quartas de final.

A Seleção não criou e nem aproveitou as poucas oportunidades que teve e, mais uma vez, findou eliminada. Este colunista não vai aqui responsabilizar qualquer jogador, mas sim o treinador Tite, por não concordar com as escolhas que ele fez. Mas este não é o tema central deste comentário. É apenas um “recorte” para chegar ao “ponto G”: para o titular deste espaço, não apenas a eliminação dentro de campo e os equívocos cometidos fora dele devem ser lembrados. Todos devem refletir sobre o que aconteceu, inclusive a imprensa brasileira.

Se dentro de campo o “repertório” apresentado ficou abaixo das expectativas, isso durante quase todos os jogos da Seleção na Copa, fora dele a impressão do que se via pelas redes sociais era a falta de foco, de concentração, de uma exposição desnecessária, além de uma inconsequente convocação equivocada. Mas ainda falta um aspecto muito ignorado por alguns setores: por mais que a delegação tentasse ficar distante da polarização política que tomou conta do País este ano, setores da imprensa insistiam em “politizar” o ambiente.

Muitos jornalistas, por exemplo, não aceitaram a declaração de apoio do atacante Neymar, durante a campanha eleitoral, à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Houve toda uma polêmica após sua contusão na estreia do torneio, com militantes políticos “celebrando” e outros amigos e personalidades demonstrando solidariedade e descontentamento. Mesmo com a eleição superada, mesmo com uma delegação treinando para representar o País inteiro, criou-se uma “celeuma desnecessária”, inclusive se ao marcar um gol, Neymar faria ou não homenagem a Bolsonaro.

Numa democracia o cidadão tem o direito de expressar a preferência para quem quiser. Pelo menos ainda vivemos sob o Estado Democrático do Direito…mas, é com pesar, que este colunista lamenta que boa parte da “grande mídia” tenha caído em total descrédito ao longo deste ano. Independente do resultado da eleição presidencial, independente da eliminação da Seleção na Copa do Mundo de Futebol. Não é exagero considerar que o “estrago está feito” e que vai demorar para que a credibilidade seja resgatada. Até o futebol foi “contaminado”…
Chegou a se especular como seria a recepção da delegação caso o hexa fosse conquistado em relação ao presidente Bolsonaro (risos)… os veículos tradicionais estão “fadados”, permitiram essa politização e perderam o crédito. Jornais impressos e revistas, sites, emissoras de televisão e outros setores deram “combustíveis” para que as redes sociais e as novas tecnologias ocupassem o espaço da boa informação. A vitória petista no pleito encheu o ego de muitos jornalistas, mas ficou um vazio com a eliminação no Qatar, que, pelo visto, talvez seja o menor dos problemas…

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