Na tragédia que se abateu sobre o histórico Clube de Regatas Flamengo, agremiação esportiva localizada no Rio de Janeiro, mas que tem torcedores por todo o Brasil, a ponto de ser detentor da maior torcida do país, 10 sonhos de adolescentes e de suas famílias foram sepultados junto aos corpos dos meninos, tragicamente mortos intoxicados pela fumaça de um incêndio enquanto dormiam no alojamento do clube.
Aqui se pede perdão aos demais para chorar a morte de Áthila Paixão, garoto de apenas 14 anos e que encarnava o sonho de se tornar um astro do futebol, resgatar os seus familiares da vida humilde e servir a grandes clubes do Brasil e, quem sabe, do mundo. Era mais um entre os milhares de projetos da rica imaginação de tantos quantos desejam ser descobertos pelos experientes olheiros, profissionais que elegem pequenos craques pelo Brasil afora.
Foi o que ocorreu com Áthila, menino pobre do povoado Brasília, município de Lagarto, no pequeno estado de Sergipe, revelado pela Escolinha Geração do Futuro, aquela mesma por onde passou o hoje jogador que defendeu a seleção espanhola na última Copa do Mundo, Diego Costa.
Desde muito jovem exibindo rara habilidade para o futebol, não havia mais como seus familiares recusarem a abertura de uma nova e promissora carreira para Áthila, e foi com toda essa esperança que deram adeus ao menino.
Despediram-se no Aeroporto de Aracaju, entre sorrisos dos seus entes queridos, sem qualquer indício de que seria uma separação definitiva, pelo menos nesta vida terreal. Áthila Paixão morreu no portal da glória, a poucos passos da fama e da fortuna, deixando um rastro de tristeza e de saudade entre os que ficam e que o amavam. Que o Criador e consumador da vida conforte a todos.