Falta de medicações coloca usuários em risco
Mais uma vez o atendimento do Centro de Atendimento à Saúde de Sergipe (Case) chamar a atenção da população… pelo seu lado negativo, mais uma vez. Sistema oscilante, remédios em falta, filas e burocracia. Essa é a realidade enfrentada por milhares de usuários do Case em Aracaju.
Responsável pela distribuição de diversos tipos de remédio à população, o Case fica localizado no Centro Administrativo Augusto Franco, zona oeste da capital. São remédios caros e, cada um a seu modo, são essenciais para a manutenção e qualidade de vida dos pacientes.
Nesta semana, o CINFORM recebeu mais uma triste denúncia. O remédio Tacrolimo está em falta. Destinado aos pacientes renais transplantados, o Tacrolimo é um imunossupressor usado, principalmente, após um transplante para reduzir o risco de rejeição ao novo órgão.
Para evitar que os pacientes fiquem sem esses medicamentos, a Associação dos Renais Crônicos e Transplantados de Sergipe (Arcrese) criou uma rede de solidariedade, em que as pessoas que conseguem os remédios no Case doam uma parte para aqueles que, por algum motivo, não conseguiram. Assim, aquele que doou um medicamento pode receber uma doação quando não conseguir pegar o seu no Case.
“Geralmente os problemas de falta de medicamento têm sido supridos pela associação, tanto para pacientes transplantados quanto para os que estão em hemodiálise”, comenta o presidente da associação, Lúcio Alves.
Procurada pela equipe de reportagem do CINFORM, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alegou que este medicamento é fornecido pelo Ministério da Saúde, restando ao Case apenas a distribuição. Porém, a falta de medicamentos menos complexos e de responsabilidade do Estado são comuns segundo os pacientes.