*Por Evelyn Mateus

Tendo origem na África, mas sendo introduzido a nossa cultura por intermédio dos europeus no século XVIII – que reconheceram o clima e o solo perfeitos para o plantio – o café se tornou um dos principais produtos de exportação que impulsionou o desenvolvimento do país por muitos anos. Seja no meio rural ou em grandes metrópoles, do mais humilde ao mais afortunado, em casa ou a caminho do trabalho, tomar café é um hábito comum para a maioria dos brasileiros. Suas características de cheiro e sabor podem variar de acordo com o tipo de grão, o processo de moagem e a forma de preparo (coado, expresso, solúvel, etc.). Mas será que o seu consumo pode ser feito de forma indiscriminada por todas as pessoas?

Além de conter cafeína, famosa por melhorar a disposição física e mental e impulsionar o estado de alerta, o café também possui alguns compostos antioxidantes, responsáveis por combater o envelhecimento das células, prevenir algumas doenças degenerativas e aumentar a imunidade. Ele também atua diminuindo os sintomas de depressão, melhora a concentração e memória, além de aumentar a motilidade intestinal e ter efeito termogênico. Praticantes de atividades esportivas, por exemplo, podem se beneficiar ao consumir café puro minutos antes do treino.

Porém, a ingestão de café pode ser prejudicial em diversas situações. Alguns dos efeitos colaterais mais conhecidos são insônia, aumento da frequência cardíaca e pressão arterial, tremores e ansiedade. Como a cafeína eleva a excreção de cálcio por vias urinárias, o consumo de mais de três xícaras de café por mulheres no período pós-menopausa, pode resultar em perda de massa óssea e progredir à osteoporose. Ela também compete pela via de absorção do ferro, por isso recomenda-se evitar o famoso cafezinho pós-almoço, para diminuir as chances de uma anemia. A bebida também aumenta a produção de ácido gástrico, logo pode causar refluxo e lesões à mucosa do estômago e esôfago. Mulheres grávidas devem limitar o seu consumo, pois há possibilidade de alterar a respiração e frequência cardíaca do bebê, além de malformação fetal.

Dicas para incluir o café nos hábitos alimentares saudáveis*:

*direcionadas a pessoas adultas não-gestantes

  • Consumir junto à primeira refeição do dia para despertar o estado de vigília;
  • Consumir 35 minutos antes do treino para promover a disposição (exceto se o intervalo entre o treino e o horário de dormir for menor que 6h);
  • Limitar seu consumo a 500 ml ao dia, de maneira fracionada;
  • Evitar a forma solúvel;
  • Evitar se houver refluxos frequentes;
  • Evitar o consumo em caso de hipertensão arterial;
  • Evitar o consumo em caso de gastrite ou esofagite;
  • Evitar seu uso no período da noite;
  • Não consumir em caso de diarreia;
  • Não consumir após o almoço;

*Evelyn Mateus – Nutricionista formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Pós-Graduada em Nutrição Clínica e Esportiva pela FATELOS

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