Então, esta semana duas pessoas discutiam algo que, aparentemente, não tem nada a ver com a situação por que passam os três países. Procuravam, entre argumentos, definir onde está mais dramática a situação entre as três nações mencionadas.

A primeira pessoa falava da situação de crise institucional em que vive o Brasil, quando o risco de uma ruptura entre os poderes pode desencadear um regime de exceção, com a implantação definitiva de uma indesejada ditadura e suas consequências imprevisíveis, seja essa ditadura, da toga ou militar.

Por outro lado, a segunda pessoa afirmava que era uma piada dizer que a situação do Brasil é crítica, quando o regime pró-terrorismo do Talibã se estabeleceu no Afeganistão e as liberdades individuais, as instituições, tudo naquele país foi subtraído pela implacável força dos fuzis e suas primeiras vítimas fatais.

Nisso, chega uma terceira pessoa e chama a atenção das primeiras, defendendo que a verdadeira tragédia está no Haiti, com seus mais de 2 mil mortos já esquecidos pela grande mídia internacional, que passou a priorizar o drama vivido no Afeganistão, com suas imagens cinematográficas.

Essa terceira pessoa, dona de um discurso fácil, demonstrando conhecer o mundo dos homens, alegava que as situações no Afeganistão e no Brasil eram, na origem, semelhantes, porque resultantes das escolhas de seus habitantes, mesmo que com a visão turvada por doutrinas eivadas de alienação.

No Haiti não! No Haiti a população foi surpreendida pela violência da natureza, que fez desabar sua força destruidora sobre justos e injustos. De acordo com essa terceira opinião, apenas o Haiti merece especial atenção.

Detendo-se na análise do Brasil, o cientista político (Sim, a terceira pessoa é um renomado cientista política) falou de uma evidente falta de equilíbrio entre os homens, fazendo questão de explicitar que não existe falta de equilíbrio entre os poderes, mas, sim, entre os homens que, hoje, ocupam o poder nas instituições.

Ainda segundo o cientista, enquanto, no Afeganistão, se luta diante de problemas políticos criados, fruto de extravagâncias de grupos radicalistas que manipulam a religião para alienar multidões e alcançar objetivos políticos de poder, no Brasil a luta é pela sedução de semelhante massa, porém através da veiculação diária de mentiras bem orquestradas, objetivando a volta ao poder das velhas e conhecidas lideranças dos últimos 30 anos.

Ou seja, diz o cientista: problema mesmo passa o Haiti, sofrendo suas tempestades, seus terremotos, tsunamis, furacões e outras violências emanadas da natureza, diferentemente do Afeganistão e do Brasil, que criam e alimentam, de forma burra, suas próprias catástrofes.

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