Em 28 de outubro os brasileiros definirão o novo presidente
escolhendo entre o “mito” e Fernando Haddad, do PT
Há cerca de três meses, quando se afunilaram os prazos eleitorais e as candidaturas foram, enfim registradas, nem o mais sagaz dos analistas políticos seria capaz de prever que Jair Bolsonaro (PSL) ficarai tão perto de resolver a disputa já no primeiro turno. Com tempo ínfimo de propaganda eleitoral, o ex-capitão do exército era visto como uma figura folclórica na disputa.
Mas, com as urnas praticamente fechadas (quando esse texto foi finalizado, 99,96% dos votos haviam sido apurados), e com Bolsonaro amealhando 49.269.107 de votos, ou 46,04% dos votos válidos, a “brincadeira” virou coisa séria e Bolsonaro pode ser eleito presidente do Brasil. “Se esse problema não tivesse ocorrido, se tivesse confiança no sistema eletrônico, já teríamos o nome do novo presidente. O que está em jogo é a nossa liberdade”, disse Bolsonaro em uma live no Facebook, após a confirmação de que haveria segundo turno, ao comentar problemas que ocorreram nas urnas eletrônicas durante toda a votação.
Já Fernando Haddad (PT), votado por 31.311.726 eleitores, ou 29,26% dos votos válidos, no último domingo, preferiu uma colocação mais amena em seu primeiro pronunciamento. “O segundo turno nos abre uma oportunidade de ouro: de vencer essa eleição olho no olho, no debate, sem medo do melhor argumento”.
Uma coisa é certa: desde que as eleições para a presidência passaram a ser em dois turnos, desde 1989, quem venceu o primeiro embate confirmou vitória no segundo turno. E, agora, Bolsonaro terá o mesmo tempo de propaganda que Haddad. Dia 28 de outubro saberemos, finalmente, quem será o novo presidente do Brasil.