Policiais federais prenderam, na manhã desta sexta-feira (25), o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) por suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na concessão de rodovias estaduais.
Autorizado pelo juiz federal substituto Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, o mandado de prisão preventiva foi cumprido e faz parte da 58ª fase da Operação Lava Jato. Esta é a segunda vez que o ex-governador é preso no espaço de quatro meses.
No pedido de prisão do ex-governador, o Ministério Público Federal (MPF) afirma que o ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Paraná (DER/PR) revelou, em depoimento, que Richa se beneficiou de “irregularidades nos contratos de concessão rodoviária no Paraná”. Ainda segundo o MPF, a investigação revelou que André Richa, filho do ex-governador, foi beneficiado com pelo menos R$ 2,5 milhões – recursos recebidos em dinheiro vivo -, que foram usados para a aquisição de, pelo menos, três imóveis” registrados em nome de uma empresa pertencente à mulher do ex-governador, Fernanda Richa.
Entre as supostas irregularidades que o MPF afirma já ter identificado, estão doações suspeitas feitas por construtoras investigadas ao diretório estadual do PSDB e para Beto Richa. Segundo o MPF, logo após assumir o governo, em 2011, o ex-governador “imediatamente mandou suspender todas 140 ações judiciais ajuizadas pela Procuradoria Geral do Estado (PGE/PR) contra as concessionárias, com o argumento de que era necessário um clima amistoso para negociar acordos e proceder uma revisão amigável” dos contratos de concessão do Estado do Paraná.
O juiz federal também autorizou a prisão preventiva de Dirceu Pupo Ferreira, contador da empresa da ex-primeira dama Fernanda Richa. No pedido de prisão preventiva, Ferreira é apontado como “homem de confiança da família e administrador das empresas Ocaporã e BFMAR, ambas da família Richa e alvos da Operação Integração – uma fase da Operação Lava Jato deflagrada em fevereiro de 2018 para apurar suspeitas de irregularidades nos contratos de concessões de rodovias.
Fonte: Agência Brasil