Divulgado pelo Observatório de Sergipe, vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento (Seplag), o relatório da Balança Comercial de Sergipe em março mostra que, apesar do aumento nas exportações (+ 28,44%), o mês fechou com um déficit de US$ 6,37 milhões.
“Para se ter uma ideia, de janeiro a março do ano passado, o suco de laranja participava com 35% do total do valor das exportações. No mesmo período desse ano, passou a responder por 60%. Mas outros produtos, de certa forma, também contribuíram para o crescimento”, explica a diretora de pesquisas estudos e análises, Michele Dória.
Ainda segundo o relatório, houve uma queda nas importações do estado (ou seja, nas compras) de 17,52% em comparação com o mesmo período de 2017. Segundo a pesquisadora, alguns produtos tiveram uma queda, mas a desvalorização do real também contribuiu para essa diminuição.
“Houve também uma desvalorização cambial, ou seja, o dólar ficou mais caro em relação ao real. A desvalorização do real tende a desestimular as importações e estimular as exportações, já que, no mercado interno, os produtos importados ficam mais caros. Por sua vez, no mercado externo, os produtos exportados ficam mais baratos”, comenta.
INDÚSTRIA
Alguns produtos que tiveram uma queda na participação da balança comercial do estado. O coque de petróleo, que é utilizado na indústria de cerâmica, passou de aproximadamente 18% para 9%. Já o sulfato de amônio, que é utilizado como fertilizante, passou de 5% para 3,5%.
Apesar disso, os empresários da indústria do estado se veem otimistas para os próximos seis meses. É o que mostra a Sondagem Industrial, elaborada pela Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Os empresários da indústria sergipana reafirmaram que permanecem confiantes, mais até do que em fevereiro deste ano. Segundo a Sondagem, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou em 60,1 pontos, 2,7 pontos a mais do que no mês de fevereiro.
“Já o Indicador de Expectativas permaneceu acima da margem dos 50 pontos em todos os agregados, mostrando mais uma vez que as expectativas são boas para os próximos seis meses”, aponta.