O governador Fábio Mitidieri se reuniu nesta quinta-feira, 18, com representantes da empresa Engeman, contratada pela Petrobras para fazer a operação da ​​Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) em Sergipe. A expectativa é de que até o final de 2025 a produção de CO2, amônia e ureia comece a ser retomada na unidade, gerando 1.400 empregos diretos e indiretos, sendo 338 vagas abertas pelo portal GO Sergipe, vinculado à Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem).

O contrato foi assinado no último dia 12, no Rio de Janeiro/RJ, e a Engeman iniciará a mobilização para fazer a manutenção das instalações na planta localizada no município de Laranjeiras e início da produção, retomando as atividades da Fafen no estado. Na reunião, foram apresentados detalhes do funcionamento, reforçando a parceria entre Governo de Sergipe e Petrobras. Os trabalhos estão sendo iniciados com a mobilização e manutenção inicial para a retomada da operação da fábrica.

Fábio Mitidieri exaltou o retorno da fábrica. “A Fafen está desde 1980 fazendo parte da história de Sergipe, gerando emprego, renda e oportunidades. Grandes obras foram realizadas no estado através da Fafen. Vivenciamos um momento difícil com a sua hibernação, depois a retomada da empresa com a Unigel, até a sua saída, e agora chegamos neste novo momento. Temos a expectativa de que seja uma solução definitiva”, afirmou.

O governador também ressaltou a importância da produção de fertilizantes no momento atual, com disputas tarifárias envolvendo todo o mundo. “A questão dos fertilizantes é de segurança nacional e o Brasil não pode abrir mão disso, até porque somos essencialmente um país agrícola e precisamos da Fafen forte. Essa retomada é fundamental para o país, mas especialmente para a população sergipana. O Governo do Estado fará aquilo que for possível e necessário para que possamos ter uma parceria duradoura e que venham para ficar de vez”, acrescentou.

Geração de empregos

A Fafen tem uma grande importância estratégica para a economia de Sergipe, em paralelo à produção de potássio e às atividades das misturadoras. A expectativa da gestão estadual é de gerar 1.400 empregos diretos e indiretos, sendo 338 vagas abertas pelo GO Sergipe, plataforma online de intermediação de mão de obra do Núcleo de Apoio ao Trabalhador (NAT), vinculado à Seteem.

As vagas contemplam diferentes áreas, incluindo funções administrativas, técnicas e de manutenção, permitindo a inserção de profissionais com variados níveis de formação e experiência. Entre as oportunidades que exigem ensino fundamental, destacam-se cargos como auxiliar de serviços gerais, carpinteiro, pintor industrial e encanador. Para quem possui ensino médio, há vagas de almoxarife, assistente administrativo, eletricista industrial, eletricista predial e soldador. A lista inclui ainda posições de nível técnico, como técnico em edificações, técnico em meio ambiente e técnico em segurança do trabalho, além de uma vaga de nível superior para enfermeiro do trabalho.

“A Fafen representa toda uma cadeia produtiva que está sendo retomada em Sergipe, gerando empregos diretos e indiretos. Temos a perspectiva de contratar 338 trabalhadores, com prioridade para sergipanos. Estamos atuando neste sentido, ofertando os trabalhadores com a qualificação que eles precisam. Caso não tenham, o governo já assumiu o compromisso de formar profissionais na região, em áreas primordiais à empresa, garantindo que o emprego fique aqui”, revelou o secretário da Seteem, Jorge Teles.

A nova etapa deve permitir o fortalecimento da cadeia produtiva de fertilizantes em Sergipe, com capacidade instalada de produção de 1,8 mil toneladas de ureia por dia, podendo comercializar amônia, gás carbônico e sulfato de amônio. Por isso o Estado se colocou à disposição para apoiar a mobilização necessária, incluindo intermediação para a renovação de licenças ambientais, contratos de suprimento de água, movimentação de gás natural e incentivos do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI).

A reativação da Fafen representa um marco para a economia de Sergipe. O governador Fábio Mitidieri, junto com a equipe de governo, esteve à frente das negociações com a Petrobras, e o esforço conjunto entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) e demais órgãos estaduais garantiu condições estruturais e de incentivo para a retomada.

O secretário da Sedetec, Valmor Barbosa, ressaltou também a importância da retomada para os negócios em Laranjeiras e cidades vizinhas, através da maior circulação econômica: “Essa fábrica tem um significado muito grande para o sergipano, porque além de trazer os empregos de volta, gera receita para o Estado, Laranjeiras e os municípios vizinhos. A Sedetec vive prospectando novos negócios para o estado de Sergipe, e nós ficamos acompanhando esse processo. Quando a Unigel não teve mais condição financeira de continuar com a sua produção, toda a cadeia ao redor também sofreu, mas celebramos hoje essa retomada”.

Retomada das atividades

No último dia 12 de setembro, a Petrobras e a Engeman, empresa vencedora do processo licitatório, assinaram o contrato que define o planejamento operacional da Fafen de Sergipe para retomada das operações. As negociações contaram com o apoio do governador Fábio, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) e da equipe do Governo de Sergipe.

O gerente regional Nordeste da Petrobras, Eduardo Santos, esteve presente no encontro e exaltou o trabalho do Governo de Sergipe, estando presente constantemente de forma institucional para garantir a retomada dos trabalhos.

“A gente sabe que o Governo do Estado acompanha muito de perto todos os projetos da Petrobras, conversamos bastante com a Sedetec. Eu, que atendo a região Nordeste e tenho um relacionamento institucional, posso afirmar que o Governo do Sergipe é o mais atuante junto à Petrobras em acompanhar nossas atividades. Gostaria muito de agradecer por esse momento, que para nós é motivo de grande alegria”, disse ele.

A Fafen de Sergipe foi implantada pela Petrobras em 1980, tornando-se um polo estratégico para a produção de ureia, amônia e sulfato de amônio no Nordeste, e impulsionando o desenvolvimento da infraestrutura em Sergipe. Arrendada à iniciativa privada desde 2020, ela teve suas atividades paralisadas em março de 2024, após a Unigel, então operadora da unidade, alegar inviabilidade econômica.

Depois de alinhamentos judiciais envolvendo a Unigel, a Petrobras abriu licitação para recebimento de propostas para os serviços de operação das fábricas de fertilizantes em Sergipe e na Bahia. O prazo foi concluído em julho de 2025, com o registro de seis propostas. A Engeman Manutenção de Equipamentos foi a vencedora, com valor aproximado de R$ 976 milhões.

Para Sergipe, a licitação prevê serviços de operação e manutenção das unidades de produção de amônia e ureia granulada. A planta passa a ser operada pela Engeman, na condição de prestadora de serviços, enquanto a Petrobras fica responsável pelas atividades comerciais.

“Esse momento não é uma surpresa, porque o Governo de Sergipe já vem conversando conosco através das suas Secretarias. Dou um destaque especial para a Sedetec, que desde a época do fechamento da fábrica, vêm dando as melhores ideias e incentivos para a retomada desse negócio. De fato, o Governo de Sergipe é parceiro, incentivador e entusiasta do negócio de fertilizantes, e isso vai fazer a diferença”, ressaltou Rômulo Alves Teixeira, gerente de operações da Fafen/SE, também presente na reunião.

Engeman

Fundada em 1983, a Engeman – Soluções Industriais é uma empresa brasileira líder em serviços industriais, especializada em manutenção e gestão. Ela atua tanto no Brasil quanto no exterior, sendo reconhecida por sua estabilidade e expertise na execução de contratos complexos, e consolidando-se como uma das principais fornecedoras de serviços industriais do país.

A empresa foi representada na reunião pelo superintendente de operações, Gustavo Peixoto. “Para a Engeman e para o estado de Sergipe é um momento importantíssimo, com a retomada de uma fábrica de fertilizantes para o país, nesse momento onde há uma necessidade muito grande. Isso traz geração de empregos e renda para a população. A Engeman se sente honrada, e vamos trabalhar muito forte para que a gente consiga devolver ao estado de Sergipe todo esse prazer que estamos”, considerou.

Fonte, Secom – Estado.

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