No último oito de maio houve celebração pelo Dia do Profissional de Marketing. É com orgulho e gratidão que me insiro neste meio de pessoas que são imaginativas e, principalmente, mercadológicas. A comunicação é um canal fabuloso onde se entregam valores, sensações, crenças, e, por meio destas promessas de marca, também passamos a educar e refletir a cultura e comportamento da sociedade.

Na sexta-feira (7) eu precisei anunciar um novo ‘job’, uma parceria firmada pela agência que piloto, a @vipconecta. Associei o desafio a uma gestação, pois seremos responsáveis pelo roteiro de uma avatar, uma filha online que se comunicará com o cliente final. Então me pus segurando uma ultrassom materna na fotografia e na sequência, a mesma foto, só que agora segurando a imagem da persona digital. Ao ler os dois primeiros parágrafos as pessoas imaginavam que eu estava apresentando o anúncio de uma gravidez verídica. Meu jeito lúdico e humorístico de ser arrancou risos e sustos, além de comentários e questionamentos diversos.

O Marketing opera (ao menos deveria funcionar) no buzz, que é o burburinho esperado em qualquer campanha. As sensações de surpresa, com misto de votos de felicidades e de tom de pegadinha rendem até hoje. As marcas entregam cada dia mais entretenimento, ainda mais em tempos de fadiga pandêmica. É quase uma súplica: ‘por favor, mundo, me surpreenda de forma positiva!’. Branded content, que é a comunicação e marketing de conteúdo, é uma das especialidades que mais admiro e também aplico, pois causa conexões sensoriais e promove gatilhos emocionais com o público.

E nossa memória é muito seletiva. Imersos em um turbilhão de informações e de ofertas, só lembraremos daquilo que ‘bulinar’ com os nossos sentidos, ou seja, se tornar memorável é o desejo de muitas marcas, mas poucas estão aptas, dispostas a investir e até se arriscar. Mas eu nunca vi ninguém ser inovador sem assumir riscos. Você já? Uma linha comunicativa pasteurizada, muito previsível, do compre aqui, cadastre acolá, faça isso e aquilo, cansa, é uma monotonia chata. E o consumidor está cansado, muito cansado. Existem até aplicativos para bloqueio de propaganda. Deus nos livre de tomar block deles! Mas convenhamos, tudo que tiver o tom muito publicitário vai ter pouco engajamento.

O ser humano gosta de novela, de BBB, de contar e ouvir piada, principalmente os de cá, brasileiríssimos na arte de comediar. O previsível é uma piscina rasa. O norte de qualquer profissional de Marketing é o conhecimento, é a diversidade das experiências pelas quais já passou, é a educação continuada e olhar apurado para a necessidade de cada cliente. Eu digo sempre que Marketing é uma cadeira que envolve pesquisa, cruzamento de dados, alcance que vá além do buzz, mas sim por aquilo que converta. O Marketing é o responsável por gerar fluxo de caixa, por construir (ou desconstruir) a imagem de uma empresa ou pessoa pública, e isso exige alvo, nem sempre, volume de audiência.

Finalizo hoje com cinco lendas de marketing digital – minha praia -, e também, a área com mais receitas midiáticas que vejo por aí. Compartilho aqui o que aprendi na prática, com as contas que atendo, somado aos mais de 100 media trainings já realizados com executivos. Quais são elas?

 

1 – N° de seguidores significa audiência qualificada?

É melhor ter uma comunidade de 100 pessoas que interagem, compartilham, curtem e se integram do que 1 milhão que não tem fidelidade ou não possuem nenhuma conexão emocional com a sua marca. É como qualquer escolha da vida. Tem gente que vai preferir consumir catuaba a vinho. Não tente se encaixar onde não lhe cabe, filhinho(a). Você não é cuscuz pra todo mundo gostar de você. Segmente, filtre, peneire e seja feliz!

 

2 – Postar toda hora melhora seu desempenho.

Desde quando? Não confunda frequência com enjoo. Só se justifica isso quando seu perfil é de veículo noticioso, com informação factual. Constância não é ficar toda hora falando algo sem propósito. Um bom planejamento com conteúdo estruturado resolve isso. Aquela máxima da qualidade ao invés de quantidade vale muito mais na WWW. Os buscadores entendem isso e só geram indexação para o que tem valor. Né isso, Mr. Google?

 

3 – Regra sobre linha editorial?

Não tem. Cada qual precisa identificar qual seu arquétipo de marca, suas personas, qual mensagem central precisa transmitir. Quer fazer 50% de conteúdo pessoal e 50% profissional? Cada um sabe a melhor dosagem para administrar com seu público. Lembre que autenticidade gera maior lembrança de marca! Ninguém fecha negócio com quem antipatiza, portanto, ter associações pessoais, como mostrar a família, trazer mensagem de conforto, tbt de viagem legal, faz parte de sua marca.

 

4 – Buzz paga boleto.

Paga nada, pode até aumentar o alcance e número de seguidores, mas a taxa de conversão é uma receita que definitivamente não é = n° de likes. Se corpo definido e nudes pagassem boletos, metade dos IGS estariam ricos. Bora pra terapia. Conversão é resultado de credibilidade, que é fruto de conteúdo muito bem estudado com anúncios (Ads) segmentadas;

 

5 – O sobrinho sabe fazer.

Para quem continua com este pensamento, só resta lamentar. Há mais de dez anos estudo marketing digital e é uma área que envolve mais psicologia, sociologia e antropologia, do que tecnologia. Invista porque neste mundo high-tech não tem mais espaço para amadorismo.

 

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