Nos últimos meses as contas de energia têm aumentado e economizar energia se tornou uma necessidade, além das tarefas básicas como desligar as luzes e eletrônicos de cômodos vazios e não deixar tomadas sem necessidade no interruptor, é possível realizar mudanças na casa para diminuir o consumo de energia.
A arquiteta, Iane Cruz, explica que na hora de projetar um imóvel é necessário técnicas para reduzir o consumo de energia. “Em locais de clima quente como o nosso, diminuir a temperatura do ambiente é uma das principais técnicas, resultando em uma menor dependência da utilização do ar condicionado, responsável por um gasto de energia considerável nas edificações. Para redução da temperatura é essencial que se façam as aberturas de janelas na mesma orientação dos ventos predominantes, possibilitando que a ventilação cruzada ocorra de forma mais eficiente e trazendo conforto térmico ao ambiente”, explica.
Iane comenta que até as cores do ambiente podem influenciar na economia de energia. “Outro método eficaz para alcançar a temperatura ideal é controlar a incidência direta de raios solares através de elementos construtivos como cobogós, brises e muxurabis, ou até mesmo através da escolha de cores mais claras para os revestimentos das fachadas e para os ambientes internos, já que cores escuras absorvem mais calor e deixam o ambiente mais quente e cores claras, além de absorverem menos calor, refletem e espalham tanto a luz natural quanto a luz elétrica com mais eficácia para o ambiente”, conta.
A arquiteta explica que para imóveis que já estão prontos é possível fazer mudanças na pintura e no revestimento para reduzir a absorção de calor e evitar o ar condicionado. “Observar a localização e orientação do edifício em relação ao sol e às brisas dominantes para ver se é possível distribuir as aberturas de janelas e portas em locais mais estratégicos que favoreçam a ventilação cruzada e evitem a entrada da insolação incômoda em certos horários. Caso não seja possível fazer tal mudança, temos também à opção de mudar cores e revestimentos das fachadas, quando se ache necessário, para diminuir a absorção de calor. Por fim, uma ótima opção também é adicionar os elementos construtivos citados anteriormente, como os cobogós e os brises”.
Iluminação
Iane explica que para cada cômodo é necessário um tipo de iluminação diferente que irá economizar na conta. “O ideal é que durante o dia se aproveite o máximo possível da iluminação natural para não aumentar o consumo de energia. Isso é possível através de técnicas de iluminação passiva, como aberturas de iluminação zenital e o uso de prateleiras de luz. É importante saber que cada ambiente tem sua iluminação ideal dependendo do tipo de atividade que estará sendo executada no local, para que não existam gastos desnecessários. Para uma cozinha, por exemplo, é ideal que se use lâmpadas mais econômicas e com maior intensidade de luz, por ser um local de trabalho. Já nos quartos, a iluminação deve ser mais leve e agradável. Nos locais em que a iluminação é feita por muito tempo, o melhor é optar por lâmpadas econômicas como florescentes e LEDs”, explica.