Por Habacuque Villacorte
Equipe CinformOnline
Bastante especulado em todas as rodas políticas sobre a sucessão eleitoral em Aracaju, o ex-governador Belivaldo Chagas (PSD) conversou com a reportagem do Cinform On Line nesse domingo (18) quando explicou que ainda não definiu se transfere ou não seu título eleitoral de Simão Dias para a capital, mas o “galeguinho” assegurou que não tem nenhuma vaidade sobre disputar uma eleição para prefeito ou para vice, reforçou que é um homem de grupo e pontuou que qualquer decisão só sairá após uma conversa com o governador Fábio Mitidieri (PSD).
Após ter sido deputado estadual por quatro mandatos, vice-governador por duas oportunidades, Secretário-Chefe da Casa Civil e governador, Belivaldo negou qualquer tipo de vaidade para disputar uma eleição municipal. “Sem vaidade alguma! Mantenho o meu título em Simão Dias, mas ainda tenho um prazo para decidir se transfiro ou não para Aracaju. Tenha certeza que, se o fizer, entrarei para contribuir com o processo, para entrar no jogo, seja como pré-candidato a prefeito ou a vice-prefeito”.
Belivaldo explicou que desde o ano passado ele vem mantendo o discurso de unificar o agrupamento e reforça o seu compromisso com o governador Fábio Mitidieri. “Eu já venho dizendo desde 2023, quando especularam meu nome para prefeito de Aracaju, que eu só faria qualquer movimento para ajudar o nosso agrupamento liderado pelo governador Fábio Mitidieri. Disse que não entraria para dividir, mas para somar se as pessoas entenderem que posso contribuir”.
“Agora o que eu estou sem entender direito, honestamente, é o que exatamente o nosso grupo quer! Costumo dizer que gosto daqueles filmes de cowboy, onde temos muitos índios, mas nesta eleição de Aracaju a impressão que tenho é que temos muitos caciques e poucos índios! Agora uma coisa eu deixo claro e não abro mão: não tomarei nenhuma decisão sem conversar com o governador Fábio Mitidieri”, acrescentou o ex-governador do Estado.
Sobre Yandra Moura
Diante dos rumores de que poderia ser pré-candidato a vice-prefeito de uma chapa encabeçada pela deputada federal Yandra Moura (União), Belivaldo Chagas disse que esta é uma discussão que pode se aprofundar e que ele não vê problemas de o grupo ter mais de uma alternativa para a capital. “Acho que tudo é possível (Yandra), pode acontecer sim, mas entendo que todas as alternativas são bem discutíveis, dessa chapa, assim como com outras. Sobre Yandra vejo com muita simpatia a proposta dela”.
“O grupo também tem Luiz Roberto (PDT), Fabiano Oliveira (PP), Katarina Feitoza (PSD), Danielle Garcia (MDB) e eu não vejo problema a gente ter duas pré-candidaturas para prefeito de Aracaju. Teríamos duas candidaturas para o Senado com Laércio Oliveira (PP) e Jackson Barreto, mas JB depois desistiu. Quero deixar claro que sigo filiado no PSD e com meu título em Simão Dias. Qualquer decisão será tomada em sintonia com o grupo e com o governador”, completou o “galeguinho”.
Mitidieri e André Moura
Belivaldo entende que o governador Fábio Mitidieri e o ex-deputado André Moura compõem um único agrupamento e que devem caminhar em sintonia até 2026. “Fábio é a liderança maior do grupo. Seu projeto natural é buscar viabilizar sua reeleição lá na frente; já André Moura está buscando se fortalecer cada vez mais até porque ele tem o projeto de ser senador daqui a dois anos. Se os demais líderes do grupo tiverem mais juízo nós temos chances de ter duas candidaturas bem viáveis para o Senado”.
Sobre Edvaldo Nogueira
O ex-governador encerrou a entrevista respondendo a um questionamento sobre a falta de articulação do prefeito Edvaldo Nogueira. “Ele (Edvaldo) é o grande responsável pela sucessão em Aracaju. Apesar de termos na figura do governador a nossa liderança maior, Edvaldo teria que dar a régua e o compasso, mas o prefeito não faz isso, não se movimenta, não dialoga, não reúne e unifica o grupo. Talvez, por isso, a gente tenha tantas pré-candidaturas a prefeito”.
“Isso só está ocorrendo porque o coordenador do processo, o prefeito Edvaldo Nogueira, não está coordenando nada até agora! Fica empurrando com a barriga e o tempo vai passando. O Carnaval já passou, estamos finalizando o mês de fevereiro e não sabemos o que efetivamente o nosso grupo quer!”, concluiu o ex-governador.