Aracaju se consolidou, neste domingo, 04, como um destino esportivo definitivo do triatlo, após a realização impecável da segunda edição sediada na capital do Itaú BBA Ironman 70.3, a maior prova da modalidade na América Latina. A etapa reuniu mais de 1.300 atletas de diversos países e teve estimativa de movimentar cerca de R$ 20 milhões na economia sergipana. Sem registro de intercorrências, o evento foi marcado pelo apoio da Prefeitura de Aracaju e evidenciou a força-tarefa montada para garantir sua execução.

Mais de 300 pessoas participaram diretamente da operação, entre servidores da Secretaria Municipal de Turismo (Setur) com presença de estande na área interna do evento, agentes de limpeza da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), guardiões da Guarda Municipal de Aracaju (GMA) e agentes de trânsito da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT).

O secretário de Turismo de Aracaju, Fábio Andrade, destacou a capacidade de trabalho da equipe e parabenizou cada servidor envolvido no sucesso do evento. “Nós tivemos uma grande celebração de torcedores na noite anterior, com a final da Libertadores aqui mesmo na Orla da Atalaia, mas isso não atrapalhou em nada a prova, que se iniciou nas primeiras horas da manhã sem problemas. Isso mostra a competência que temos demonstrado ao longo do ano. E, no final, o resultado é esse: um evento que traz atletas de diversos países, movimenta a economia e consolida Aracaju como destino para turistas de todo lugar”, afirmou o secretário, que esteve presente e participou da entrega das medalhas e troféus aos vencedores da edição.

O pódio internacional masculino foi composto pelo sul-africano Dylan Nortje, que ficou em terceiro lugar; pelo português Filipe Azevedo, em segundo; e pelo brasileiro Fernando Toldi, campeão da prova, com o tempo de 03h48min14s, após completar os 1,9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21 km de corrida.

“Foi uma prova dura. O calor aqui é o maior desafio; tentar manter o corpo hidratado e resfriado exige muito. Acredito que seja a prova mais difícil do circuito, mas é uma baita prova, uma baita organização: tudo nota 10, show de bola. Espero voltar no ano que vem aqui em Aracaju”, disse o campeão Fernando Toldi.

No feminino, o pódio foi inteiramente brasileiro, com Mikelle Coelho em terceiro lugar, Pietra Meneghini em segundo e a campeã Vittória Lopes, que completou o percurso em 04h13min04s, sob o forte sol que marcou a competição na capital sergipana.

Evento movimentou o turismo e a economia

O evento também atraiu uma parcela significativa de turistas. É comum que atletas de outros estados viajem acompanhados, como foi o caso da família de Marcelo Snoeck, que veio de Salvador (BA) para torcer pelo filho, Lucca. Enquanto o atleta competia, a família vibrava do lado de fora.

“Eu já estive em outras provas de Ironman no Brasil e fora do país, e esta daqui não deixou nada a desejar em matéria de organização. […] E acabou sendo um momento com a família também. Foi maravilhoso: a cidade, os bares, os restaurantes… tudo muito bom. Onde a gente tem ido, tudo superlegal”, elogiou o administrador Marcelo Snoeck.

Dos 1.300 atletas, Sergipe teve 204 inscritos, enquanto São Paulo teve 184, seguido por Bahia (170), Pernambuco (75) e Distrito Federal (68) fechando o Top 5. Já no ranking das cidades Aracaju somou 189 atletas, a capital São Paulo está em segundo com 101, seguido por Salvador (82), Brasília (68) e Maceió (60).

A estimativa de impacto econômico do evento no estado é de R$ 19.760.000,00, ampliando a visibilidade da capital no cenário nacional e internacional do Ironman, inserindo Aracaju no circuito global, composto por mais de 120 provas distribuídas em diversos países e continentes.

Aracajuanos aprovaram

Além da atração de turistas, o evento também recebeu aprovação dos aracajuanos que estiveram na Orla para prestigiar a prova. O triatleta Eduardo Magalhães, acompanhado da esposa e da filha, destacou a importância do Ironman para o município. “Para a nossa cidade, é uma visibilidade sem igual, além de impulsionar o esporte. Ano passado tivemos cerca de 153 aracajuanos competindo; este ano, o número já aumentou, e a tendência é crescer ainda mais”, afirmou o educador físico.

Clubes de preparação para triatletas também marcaram presença no evento, como o dirigido por Andrezza Barbarini, que montou uma tenda para oferecer suporte aos competidores. Ela destacou o impacto do esporte na população local. “Se você olhar ao redor, percebe a ascensão que o triatlo teve desde a primeira edição do Ironman. Muita gente se influenciou a participar. Antes, não era tão grande esse espetáculo, e agora você vê essa grandiosidade pela segunda vez aqui em Aracaju. As pessoas vêm não só para competir, mas também para assistir, torcer, gritar e vibrar. Isso é maravilhoso”, ressaltou a professora.

Ironman 70.3

A edição deste ano do Itaú BBA Ironman 70.3 em Aracaju reuniu cerca de 1.300 atletas amadores inscritos. Além dos brasileiros, outros dez países estiveram representados: Barbados, Costa Rica, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, África do Sul, Portugal, Peru, Espanha e França. Esta foi a última etapa do ano e reuniu ainda 21 triatletas profissionais, sendo 15 homens e seis mulheres.

O percurso, iniciado às 5h, incluiu três modalidades: natação, realizada na Foz do Rio Vaza-Barris, ao lado da Ponte Joel Silveira, no Bairro Mosqueiro; ciclismo, que percorreu importantes avenidas de Aracaju; e a corrida, última etapa, promovida ao longo da Orla da Atalaia, principal cartão-postal da capital.

A etapa final também serviu como classificatória para o Ironman 70.3 World Championship 2026, que acontecerá em Nice, na França, em 12 de setembro do próximo ano. Os triatletas profissionais receberam uma premiação total de US$ 15 mil.

Fonte, Agência Aracaju de Notícias