CPTran e Detran/SE conscientizam sobre o comportamento adequado no trânsito para a garantia da segurança de toda população durante os festejos juninos
Com a chegada das festividades juninas, o trânsito também acende o alerta das forças de segurança pública. A realização de eventos na capital e no interior do estado aumenta o deslocamento de pessoas, o que impacta em dois fatores predominantes para a ocorrência de acidentes de trânsito: a alta velocidade e o consumo de bebidas alcóolicas. Em Sergipe, conforme a Companhia de Polícia de Trânsito (CPTran), a cada dez acidentes registrados na Grande Aracaju, nove têm relação direta com o comportamento do condutor dos veículos no trânsito.
De acordo com os dados do Detran/SE, entre os meses de janeiro e maio deste ano, em Sergipe, foram registrados 39 acidentes com sinais de embriaguez ao volante. Em 2021 e 2020, foram 33 e 31 registros, respectivamente. Voltando ao ano de 2019, foram contabilizadas 44 ocorrências.
O major Aldevan Silveira, comandante da CPTran, destacou que em decorrência do aumento do fluxo de veículos com as festas juninas, o policiamento de trânsito será intensificado. “Os festejos juninos do nosso estado sempre chamaram atenção, quer seja da população do estado de Sergipe, quer seja dos turistas. Por isso, a CPTran sempre aumenta o seu efetivo nesse período para tentar inibir aqueles condutores infratores. Afinal de contas, sabemos que é um período de bastante movimento nos eventos da capital e também no interior”, enfatizou.
O comandante da CPTran relembrou que as principais causas de acidentes de trânsito são o excesso de velocidade e o consumo de bebidas alcoólicas. “Por isso, destacamos a Operação Lei Seca, que será intensificada em praticamente todo o mês de junho. Todas as viaturas estarão com etilômetro para que haja a inibição do condutor que queira após ingerir bebida alcoólica conduzir o seu veículo”, evidenciou.
Conforme enfatizou o major, as ações de policiamento de trânsito serão intensificadas com o objetivo maior de conscientizar a população sobre a condução segura de veículos automotores. “É para justamente alertar a população e conscientizar aos condutores que, na viagem, o principal responsável em ir e vir de forma segura é o comportamento dele”, acrescentou o militar.
Conscientização para o trânsito seguro
O coordenador de educação para o trânsito do Detran/SE, Lacerda Júnior, ressaltou que quando o cidadão toma consciência dos resultados de sua própria conduta, ele muda o comportamento no trânsito. Lacerda Júnior também relembrou que os acidentes geram impacto para toda população, já que aumenta o fluxo de pacientes em hospitais públicos, o que interfere no tempo de atendimento e nos custos do serviço público.
“Durante o período dos festejos juninos, nós percebemos que há um aumento do número de infrações, principalmente as relacionadas a álcool e direção. A Lei Seca contribui muito para que esses números não sejam piores do que o que já são, porém como a fiscalização não é onipresente, conjugamos o trabalho de fiscalização e educação para o trânsito”, acrescentou.
Além da conscientização dos condutores, Lacerda Júnior também evidenciou que os pedestres são parte importante na garantia da segurança do trânsito. “Nós nos preocupamos bastante com a conscientização de todos, porque um pedestre, também embriagado, apesar de não ser flagrado pela Lei Seca, ele pode sim se envolver no acidente de trânsito. Então, o que nós buscamos com a educação para o trânsito é conscientizar a todos da sua responsabilidade no trânsito”, reiterou.
Qual a penalidade por embriaguez ao volante?
O major Aldevan Silveira explicou que houve alterações na legislação de trânsito que intensificaram as penalidades para os condutores que provocarem acidentes mais graves no Brasil. A pena é de cinco a oito anos de reclusão.
“Recentemente, houve um aumento das restrições de direitos para aqueles que conduzem seus veículos e ingerem bebida alcoólica quando se envolvem em acidente e deixam pessoas gravemente lesionadas ou até mesmo ocorre um homicídio, eles passaram a perder o direito de fiança na delegacia. “Além disso, a recusa do etilômetro, sem aqueles sintomas, também resulta no recolhimento da habilitação para o processo de suspensão do documento, com multa que pode chegar a quase R$ 3 mil”, concluiu o comandante da CPTran.