Após dez dias do terremoto que atingiu a Turquia e a Síria, uma jovem de 17 anos foi resgatada com vida dos escombros na província de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, nesta quinta-feira (16). O terremoto, que teve magnitude 7,8, matou mais de 42 mil pessoas nos dois países, sendo 36.187 na Turquia e 5.800 na Síria. Embora algumas pessoas tenham sido encontradas com vida na quarta-feira (15), os resgates se tornaram cada vez mais raros. As autoridades não divulgaram quantas pessoas ainda estão desaparecidas.
As imagens mostraram a jovem sendo carregada em uma maca para uma ambulância coberta com uma manta térmica dourada. A adolescente foi retirada dos escombros 248 horas após o terremoto, e as autoridades não divulgaram detalhes sobre seu estado de saúde.
Os familiares das vítimas que ainda estão desaparecidas aguardam notícias, e milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária depois de ficarem desabrigadas em temperaturas quase congelantes no inverno. Na Síria, onde o terremoto agravou uma crise humanitária causada por 12 anos de guerra, a maioria das mortes ocorreu no noroeste controlado pelos rebeldes. As equipes de resgate afirmam que ninguém foi encontrado vivo lá desde 9 de fevereiro, e o foco mudou para ajudar os sobreviventes.
A maior parte da infraestrutura de saneamento da região foi danificada ou inoperante, o que torna ainda mais difícil a tarefa das autoridades de saúde em garantir que as pessoas permaneçam livres de doenças. O esforço de ajuda no noroeste foi prejudicado pelo conflito, e muitas pessoas se sentem abandonadas enquanto a ajuda se dirige para outras partes da extensa zona de desastre.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na quarta-feira estar particularmente preocupada com o bem-estar das pessoas no noroeste, onde cerca de 4 milhões de pessoas já dependiam de ajuda humanitária antes do terremoto. O número de tremores secundários na zona de desastre já ultrapassou 4.300 desde o início.