Dermatologista explica sobre o uso dos principais ácidos para pele

A onda da skincare irá ganhar ainda mais força em 2019. Depois do boom das maquiagens, a consciência que os cuidados diários com a pele interferem diretamente no bom envelhecimento tem feito com que muitas marcas invistam em produtos de qualidade que são vendidos nas farmácias. Neles, nomes conhecidos na dermatologia estão estampados na embalagem como, ácido salicílico, ácido hialurônico, ácido ascórbico.

Laura Cruz, dermatologista

A dermatologista Laura Cruz explica o papel dos ácidos nos tratamentos de pele. “São produtos utilizados de um modo geral para mudar de alguma forma a estrutura da pele, seja essa mudança que venha promover uma hidratação, um rejuvenescimento, um efeito queratolítico, uma descamação, são produtos mais utilizados, inclusive, também para fazer preenchimento, sustentação”, explica.

Laura Cruz explica um pouco sobre os ácidos mais famosos para tratamentos de problemas comuns de pele, como, por exemplo, a acne. “Na dermatologia existem alguns ácidos que são mais utilizados, então, assim, existem grupos, ao alfa hidroxiácidos ¬ que é o ácido glicólico ¬, muito usados no passado para fazer peeling, hidratação da pele ¬ é o mais comum desse grupo. Tem o beta hidroxiácido, que o mais comum é o ácido salicílico, que é usado para acne. Mas existem os ácidos mais famosos, que são preferência dos dermatologistas. No caso para rejuvenescimento, o padrão ouro domiciliar é o ácido retinóico, que é usado também para acne, ele é derivado da vitamina A, é um primo da isotretinoína, que é utilizada para acne via oral (conhecido como roacutan), só que o ácido retinóico, que é a tretinoína, não é utilizado por via oral, só por via tópica, através de cremes e gel”. Laura ainda destaca que o uso de ácido retinóico não deve ser utilizado por mulheres grávidas.

A dermatologista destaca que mesmo com a fama de alguns ácidos são necessários alguns cuidados e, principalmente, o acompanhamento de um profissional de dermatologia. “Existe o ácido ascórbico, que é nossa vitamina C, ela geralmente é usada para rejuvenescimento, é um ácido leve que raramente causa danos. Mas existem ácidos que quando têm um efeito mais efetivo, como ácido retinóico ou o ácido salicílico. Este último é mais usado em peelings, em consultório, é voltado para acne, e o retinoíco, que geralmente é em creme, deve ser usado de forma graduada, não deve ser utilizado por conta própria, é tanto que os produtos como este precisam de assinatura do médico para serem vendidos na farmácia, porque é um produto controlado, e deve ser receitado por um dermatologista, que sempre começará com doses mais baixas e, com o passar do tempo, nós vamos aumentando, porque ele pode ser irritante, você tem que ter cuidado com o sol, e na nossa região Nordeste, tropical, é agressivo usar um ácido tipo retinóico sem orientação médica, você pode ter queimaduras e irritações”, comenta.

“Não é recomendável usar ácido sem orientação, mas a maioria dos produtos contém ácido salicílico, que tem um efeito queratolítico, ele afina mais a pele e tem as concentrações mais baixas, que são usadas nesses sabonetes mais populares que você compra na farmácia sem orientação médica. Então, você usando um sabonete que contenha ácido salicílico na fórmula, a recomendação é que você seja muito criterioso com o filtro solar, ele deve ser utilizado adequadamente na faixa de três em três horas, e que você não fique exposto ao sol, não esfregue muito a pele, não lave o rosto várias vezes sem orientação médica”, explicação.

Ácido hialurônico

A dermatologista destaca que um dos ácidos mais famosos na atualidade é o hialurônico. “O ácido hialurônico é um hidratante potentíssimo, ele pode ser usado em forma de cremes, porque ele retém a água muito bem, e ele é usado também para sustentação, então ele pode ser usado também para preenchimento, é um dos preferidos da nossa atualidade. Porque nós temos ácido hialurônico na pele, nos olhos, nas articulações, com o passar dos anos ele vai diminuindo, então existem produtos que servem para substituir”, explica.

Um preenchimento com ácido hialurônico dura em média oito a nove meses, a depender dos cuidados da pessoa. “Para mim, a aplicação de preenchimento não depende de idade, e sim, de necessidade. Às vezes chega uma paciente que tem uma idade até menor, mas sofreu um foto-envelhecimento sério, ela é fumante, ela não teve uma vida adequada em dormir nos horários certos, ingestão de bebida alcoólica, uma vida em geral desregrada, comprometeu a imagem, perdeu um pouco de sustentação ou mesmo ficou com o sulco (que é muito comum em pessoas jovens que têm alteração de arcada dentária)”, conta.

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