Apesar de seu tamanho médio ser de menos da metade de um copinho de café, a tireoide é responsável pela produção dos hormônios que controlam como cada célula do corpo gasta energia
A glândula da tireoide tem um tamanho médio de 15 ml, algo equivalente à metade de um copinho de café descartável, mas tem a capacidade de produzir dois hormônios: a triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4), que controlam o gasto de energia de cada célula do nosso corpo, ou seja, o nosso metabolismo. Quando o T3 e T4 estão baixos significa que o indivíduo está com hipotireoidismo.
Apesar de a doença apresentar inúmeros sintomas físicos e biológicos, como sonolência, cansaço, intestino preso (constipação), intolerância ao frio, pele seca, dificuldade de perda de peso, cabelos e unhas secos e quebradiços, e humor deprimido, o seu diagnostico não é tão evidente.
“O diagnóstico do hipotireoidismo muitas vezes não é tão evidente e pode passar desapercebido. Os sintomas podem ser discretos e se confundir com outras doenças, o que requer uma elevada suspeição por parte do médico. O diagnóstico é realizado através de exames de sangue por meio da dosagem do TSH e do T4 livre”, explica a endocrinologista Layla Cordeiro.
Ainda segundo a médica, o hipotireoidismo é mais comum em mulheres e aumenta com o avançar da idade, mas pode atingir qualquer pessoa, independentemente do gênero ou idade. “Pode aparecer, por exemplo, em recém-nascidos, onde é detectado através do ‘teste do pezinho’ e, também, na gestação podendo trazer sérias consequências para a mãe e para o bebê”, comenta.
TRATAMENTO
Segundo a endocrinologista Layla Cordeiro, o tratamento do hipotireoidismo dura a vida inteira e deve ser feito de forma contínua, pois, só assim, os sintomas relacionados à doença são aliviados.
“O tratamento do hipotireoidismo é feito com a reposição do hormônio da tireoide, também conhecido como levotiroxina e deve ser feito durante a vida inteira, de forma contínua. O tratamento adequado é fundamental e tem como objetivo melhorar os sintomas relacionados à doença e, consequentemente, garantir uma boa qualidade de vida ao paciente”, explica.
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
Como o hipotireoidismo possui influência direta no nosso metabolismo, a alimentação adequada possui um papel fundamental na melhora da qualidade de vida dos pacientes. Segundo a nutricionista Priscila Ramos, alimentos processados e ultra processados, farinha branca e agrotóxicos dificultam o funcionamento da glândula da tireoide.
“Alimento nenhum faz mal para sua glândula tireoide, o que faz mal é o consumo de alimentos processados e ultra processados, farinha branca cheia de aditivos, agrotóxicos, como o glifosato. O chiclete que você masca cheio de corantes, o refrigerante que você toma, o uso de anticoncepcional que causa disbiose (desequilíbrio da microbiota intestinal) e você não consegue absorver as vitaminas necessárias para o pleno funcionamento da glândula”, comenta.
Ainda segundo a nutricionista, o exercício físico regular de curta duração e alta intensidade ajuda no aumento do metabolismo, assim como a ingestão de água adequada e oferta de fibras na dieta pode melhorar o quadro de constipação.
“O que faz bem é você ter uma alimentação recheada de comida da terra, o mais natural possível, de fontes orgânicas. Um intestino funcionando lindamente que consiga absorver zinco, selênio, magnésio, iodo, ferro, vitaminas do complexo B e C etc. Isso sim, faz bem para sua tireoide”, explica.