Segundo a CDL Aracaju, mais de mil empregos
devem ser criados nesse período do ano
As tradicionais compras para as festas de final de ano aquecem o comércio sergipano, ao tempo em que abrem oportunidades de emprego, principalmente no setor de serviços. Segundo a última Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua Tri), divulgada em novembro deste ano, a taxa de desemprego em Sergipe chegava a 17,5% – maior taxa entre os estados nordestinos e maior até que a média nacional de 11,9%.
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Aracaju, Brenno Barreto, é difícil estimar quantas vagas serão criadas neste final de ano uma vez que, graças à reforma trabalhista, os comerciantes podem contratar um funcionário pela modalidade de trabalho intermitente, onde prestação de serviços não é a tradicional.
“Para esse ano, nós temos um cenário diferente do ano passado para a contratação de empregos temporários por causa da reforma trabalhista. Com a mudança na lei, além do emprego temporário, existe a modalidade de trabalho intermitente. Mas por volta de 600 empregos temporários e mais uns 500 intermitentes devem ser criados neste período”, comenta.
Para atender às centenas de pessoas que fazem compras no comércio de Aracaju nesse período do ano, algumas lojas chegaram a dobrar o quadro de funcionários. Segundo o gerente de loja Mário André Barros, além dessa ser uma oportunidade de trabalho no final do ano para aqueles que estavam desempregados, também é uma chance de ser efetivado. Uma vez que muitas lojas acabam efetivando aqueles que tem melhor desempenho.
“Para este final de ano, nós contratamos 31 funcionários temporários, entre vendedores, caixa e auxiliar de serviços gerais. Um número muito parecido com o de contratações que fizemos no ano passado. E nós percebemos que essas pessoas que estão há mais tempo desempregadas vêm com uma determinação muito grande para fazer o seu melhor. E nós reconhecemos isso. Nós sempre aproveitamos esses talentos, às vezes imediatamente e outras em momentos de necessidade ou quando surgem vagas”, comenta.
Jullian Calumby era um dos que estavam desempregados desde junho deste ano e conseguiu uma oportunidade de retornar ao mercado de trabalho através das vagas temporárias ofertadas nesse período.
“Eu fui contratado como temporário, onde o contrato é de 36 dias podendo ser renovado, mas eu espero ser efetivado. Não só porque eu já tenho experiência no ramo dos calçados, mas principalmente pelo meu empenho e objetividade”, afirma.