A rede de atenção oncológica de Sergipe passará por uma reorganização estrutural com a ativação do Hospital do Câncer Governador Marcelo Déda Chagas, que marcará uma nova fase no cuidado e tratamento dos pacientes acometidos pelo câncer no estado. A rede é distribuída em diferentes níveis do Sistema Único de Saúde (SUS), onde integra ações de promoção à saúde, prevenção, diagnóstico precoce, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, funcionando de forma articulada, em serviços municipais e estaduais, conforme diretrizes da Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC).

O secretário de Estado da Saúde, Cláudio Mitidieri, destacou que a entrega do Hospital do Câncer representa um marco histórico para Sergipe. “Estamos iniciando uma reorganização necessária para ampliar o acesso, qualificar o atendimento e garantir que cada paciente receba o tratamento em um ambiente adequado, moderno e totalmente preparado para a complexidade que a oncologia exige. Essa transição será feita de forma responsável e gradual, para que nenhum usuário tenha seu cuidado interrompido. É um avanço estruturante, que consolida o compromisso do Governo do Estado com uma rede oncológica mais eficiente, acolhedora e integrada”, ressaltou o secretário.

Rede oncológica

A Atenção Primária à Saúde funciona como primeira porta de entrada da população na rede, onde as Unidades Básicas de Saúde (UBS) acolhem os pacientes, por meio das equipes de saúde da família, da saúde bucal e agentes comunitários. Quando há suspeita de câncer, o usuário é encaminhado para exames de rastreamento como PSA, mamografia e papanicolau, além de consultas especializadas. A partir desse ponto, o acompanhamento passa a ser compartilhado com os serviços de atenção secundária, garantindo continuidade no cuidado.

De acordo com a diretora da Atenção Especializada (Daes), Neuzice Lima, quando há suspeita ou confirmação de câncer, o paciente é direcionado para unidades especializadas habilitadas como Unacon ou Cacon. “Nessas unidades são realizados atendimentos de média e alta complexidade, diagnósticos diferenciais, tratamentos, como quimioterapia, radioterapia e cirurgias oncológicas, além de reabilitação e cuidados paliativos. Mesmo após iniciar o tratamento nesses serviços especializados, o acompanhamento pela Atenção Primária continua, garantindo que o cuidado seja integral e compartilhado”, explicou a diretora.

Reestruturação da rede

Atualmente, Sergipe conta com três hospitais habilitados pelo Ministério da Saúde como Unidade de Assistência em Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). Em Aracaju, o Hospital de Urgências de Sergipe Gov. João Alves Filho (Huse) tem habilitação como Unacon com serviço de radioterapia, incluindo braquiterapia, serviço de hematologia e oncologia pediátrica; a Fundação Beneficência Hospital de Cirurgia com serviço de radioterapia; e o Hospital Universitário de Sergipe é com serviço de hematologia, e todos realizam oncologia clínica e cirúrgica.

Com a aproximação da entrega do espaço físico do Hospital do Câncer Governador Marcelo Déda, Sergipe iniciará uma nova fase da rede oncológica. A ativação da unidade permitirá reorganizar e redistribuir os serviços atualmente concentrados no Huse e em unidades contratualizadas, ampliando a capacidade de atendimento e melhorando a ambiência e a infraestrutura voltadas à oncologia.

No momento, o Huse concentra a maior parte dos serviços oncológicos do Estado, incluindo quimioterapia, radioterapia, ambulatorial e acompanhamento multidisciplinar. Com a entrada em operação do Hospital do Câncer, esses serviços serão transferidos gradualmente para garantir a continuidade dos tratamentos.

Segundo o superintendente do Huse, Roberto Gurgel, o primeiro setor a ser ativado na nova unidade será o de quimioterapia adulta. “Em seguida, de forma gradual, o ambulatório geral também será transferido para a nova unidade. Com a implantação da Parceria Público-Privada (PPP), atualmente em fase de licitação, a mudança será concluída. Após a homologação, todo o Centro de Oncologia do Huse passará a operar no Hospital do Câncer, encerrando definitivamente os serviços oncológicos no Hospital de Urgências”, explicou.

Fonte, Secom – Estado.

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