Candidata à vaga do Quinto Constitucional defende prerrogativas da advocacia

 Nesta edição a CINFORM ON LINE traz a entrevista com a advogada Giovanete Losilla que está na disputa pela vaga de desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) pelo Quinto Constitucional, na próxima quarta-feira (19). Ela amplia o debate sobre as prerrogativas da advocacia e se compromete com a classe de julgar com equidade, aplicando os protocolos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que garantem perspectivas de gênero e racial nas decisões. Giovanete diz não ter qualquer receio de ir para uma disputa supostamente polarizada entre dois nomes da advocacia. Confira a seguir, e na íntegra, esta entrevista exclusiva:

CINFORM ON LINE: O que a levou a decidir disputar a vaga de desembargadora do TJSE pelo Quinto Constitucional?

GIOVANETE LOSILLA: Eu vim porque eu acredito que posso ser fator de soma. Eu posso chegar ao Tribunal de Justiça e construir uma nova história, e dizer que eu sou a primeira mulher desembargadora vindo pelo Quinto Constitucional. E que nos assentos do TJ tem uma mulher negra. Eu posso ser representativa e dizer para uma população negra, que vem de uma dívida histórica, que eu conheço os seus anseios e sei que lugar é esse da mulher e do negro que enfrentam muitas adversidades. Eu quero um tribunal plural, diverso. A sociedade é diversa e o Tribunal precisa ser espelho da diversidade que temos na sociedade. É sobre isso, sobre querer representar uma sociedade.

CINFORM ON LINE: O que a advocacia pode esperar caso o seu nome seja o escolhido para o cargo de desembargador do TJSE?

GIOVANETE LOSILLA: Eu tenho defendido durante a campanha que serei ponte entre a advocacia e o Tribunal de Justiça. Ao mesmo tempo em que sou o ouvido da advocacia, porque eu preciso ouvir quais são os anseios e as demandas da classe, eu serei a voz da advocacia no TJSE.

CINFORM ON LINE: Então os advogados podem esperar uma desembargadora disposta a recebê-los e dialogar?

GIOVANETE LOSILLA: Eu venho reafirmando que, ao invés de propostas, eu estou assumindo compromissos com a advocacia, guiado pela ética e pela coerência. E tudo na vida que eu me comprometi, eu fui atrás e cumpri. Eu trago como primeiro compromisso abrir a porta do meu gabinete para a advocacia, porque esse foi um dos maiores anseios que eu escutei nas visitas e conversas com os advogados. É poder, de fato, despachar com o desembargador, levando a sua dor, a sua queixa, a sua explicação sobre o caso de uma forma mais direta. É fazer um atendimento virtual, se necessário, quando o advogado não puder estar presencialmente, por meio de uma videoconferência. A tecnologia está aí para isso.

CINFORM ON LINE: Quais outros compromissos assumidos com a advocacia nesta caminhada em busca da vaga de desembargador do TJSE?

GIOVANETE LOSILLA: Outro ponto essencial que defendo é o zelo pelas prerrogativas da advocacia, assegurando o exercício livre, digno e respeitoso da profissão. Gilvanete também reforça sua defesa pela valorização dos honorários, atuando pela fixação justa e pelo reconhecimento do valor do trabalho da advocacia em todas as instâncias.

CINFORM ON LINE: O que esperar de sua atuação na magistratura?

GIOVANETE LOSILLA: O meu compromisso é de julgar com equidade, aplicando os protocolos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que garantem perspectivas de gênero e racial nas decisões. A justiça só é plena quando é sensível às realidades diversas que compõem nossa sociedade. Defendo ainda a uniformização e a coerência nas decisões, promovendo segurança jurídica e previsibilidade.

CINFORM ON LINE: Qual o peso para a representatividade de ter uma mulher negra desembargadora?

GIOVANETE LOSILLA: Quando eu, uma mulher negra, me assento no cargo de desembargadora, eu trago uma esperança e uma inspiração para uma geração para uma geração de meninas jovens. Eu trago essa responsabilidade. Trago também a diversidade no julgamento do Tribunal de Justiça, porque é um outro olhar. Deixa de ser um olhar único projetado por uma única classe.

CINFORM ON LINE: Qual a sua avaliação sobre a narrativa de que essa disputa do Quinto Constitucional estaria polarizada entre dois nomes da advocacia?

GIOVANETE LOSILLA: Isso é uma ideia que as pessoas colocam, mas a campanha está para todo mundo que decidiu concorrer. São seis nomes que integrarão a lista sêxtupla e, com o apoio dos colegas advogados e advogadas, estarei entre esses nomes. Para isso, é viver um dia de cada vez dando o meu melhor. Eu tenho o mesmo direito legítimo de estar na lista como qualquer outro candidato e ser escolhido pelos colegas advogados para representá-los. E depois seguir em cada etapa até chegar na lista tríplice e na escolha do governador, sempre mostrando quem eu sou e a minha história e mostrando o que eu posso trazer para o Tribunal de Justiça.

CINFORM ON LINE: O que a diferencia dos demais candidatos e por que os advogados a escolheriam para estar na lista sêxtupla?

GIOVANETE LOSILLA: Porque eu os represento verdadeiramente. Represento por ser humana, porque não adianta ser técnica apenas. A técnica é necessária sim, mas a humanidade e o caráter eu preciso carregar dentro de mim. O advogado quando vota em mim, ele vota em humanidade, em competência, em caráter, em responsabilidade. Isso me faz ser diferente. A trajetória da nossa vida sempre vai falar por nós.

CINFORM ON LINE: Qual palavra resume a sua trajetória de vida e profissional?

GIOVANETE LOSILLA: Compromisso. E é esse compromisso que eu estou assumindo com a advocacia. Por isso, peço aos colegas advogados que, no dia 19 de novembro, votem em Gilvanete Losilla, votem 23.

Por Habacuque Villacorte da equipe CinformOnline.

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