29ª cidade mais segura do Brasil. Foi assim que Aracaju foi exposta para todo o país em uma matéria da Revista Exame, em sua plataforma online nos últimos dias.
A informação do site é fruto do ranking Connected Smart Cities, que faz parte da consultoria Urban Systems, e foi recebido por muitos sergipanos como surpresa, especialmente, quem mora em áreas da periferia aracajuana, como também da Zona Sul.
Durante a semana, tanto o Governo do Estado, quanto a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe analisaram o ranking de forma positiva e atribuíram o resultado aos trabalhos feitos nos últimos tempos pelas Polícias Civil e Militar, guardas-municipais, agentes de trânsito, entre ou tros profissionais e atribuições.

CONTRADIÇÕES 
Contudo, a população aracajuana afirma que a pesquisa não condiz com a realidade e que o clima de insegurança ainda é imenso. Para o aposentado Jair Lima, ainda há muito o que ser feito para Aracaju voltar a ser segura.
“Não concordo, nem discordo dessa pesquisa. Mas vejo isso como um fantoche. Se você pergunta ao cidadão comum, ele vai dizer que está violento. Se perguntar a um governante, não. É muito completo. Eu te digo que na terra, ninguém está seguro. Eu sempre tomo meus cuidados no dia a dia, para não ter nenhum confronto com o azar”, comenta.
Moradora do centro da cidade, Thais Pereira comenta que o local tem se tornado cada dia mais perigoso e explica que a pesquisa parece uma brincadeira de mal gosto.

O DIA A DIA 
“Não entendo como está na lista das mais seguras, porque não é isso que sinto aqui todos os dias aqui no Centro da Cidade. Se você vacilar, até um dia calmo, você dança na mão do ladrão. O que eu tenho feito, sinceramente, é andar sem nada de valor. Deixo meu celular em casa e faço o que tenho que fazer”, ressalta.
Thais comenta que acha engraçado uma pesquisa desse tipo de temática ter sido solto, num momento em que Aracaju, até pouco tempo, foi colocada como a cidade mais perigosa do Brasil.
“A pessoa, hoje em dia, tem que ficar mais em casa. Quem sabe a realidade, é que mora aqui e te digo que não tem nada a ver. Já foi segura, mas hoje, infelizmente, vivemos a mercê”, reforça.

OUTRO LADO 
O morador da cidade de Itabaiana, que também não tem apresentado dados animadores nos últimos tempos, Airton Evangelista diz que não existe a possibilidade de concordar com uma situação tão notória.
“Aracaju já foi segura, calma e com qualidade de vida. Mas hoje, não é mais. Quando venho para cá, eu sempre tomo cuidado, mas na verdade, é preciso tomar cuidado em qualquer lugar do estado. É necessário ma nter um olho aberto e outro fechado”, frisa.
A Equipe de Reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe para obter informações sobre o assunto. De acordo com a SSP/SE, que em Sergipe, eles estão fazendo o dever de casa, reduzindo os números de crimes violentos letais intencionais, aumentando o efetivo da Polícia Civil e Polícia Militar e discutindo semanalmente as estatísticas criminais no Gabinete de Gestão.
“Entendemos que seja natural o sentimento de desconfiança da população, porque a taxa de crimes em Sergipe é no país ainda é alta, mas a pesquisa atesta um esforço que tem sido feito ultimamente e a sociedade precisa ser parceira para que possamos chegar a números, outrora, aceitáveis. Complemento: importante lembrar que na série histórica de 10 anos, 2017 atingiu a maior redução de homicídios em Aracaju: 21%. Em Sergipe, não falseamos e muito menos manipulamos números. São dados de r edução diante de uma taxa de homicídios ainda alta e que precisamos baixar mais”, explana.

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