
O início desta semana foi marcado na imprensa com a notícia da abertura de inquérito do Ministério Público Federal contra a Universidade Federal de Sergipe por ter ofertado no mês de maio um evento da Juventude Petista e momento de filiação partidária, como atividade de extensão curricular’, como diz a investigação. Fazendo alusão ao fato e trazendo a situação a tona, o vereador Lúcio Flávio discursou na tribuna da Câmara Municipal de Aracaju no dia 12 de Agosto do corrente ano, expondo sua indignação.
Em seu discurso Lúcio Flávio expôs a questão dizendo: “Sabe o que aconteceu no dia 16 de maio, no Campus da Universidade Federal? Ato de filiação da juventude petista no auditório valendo horas curriculares para os alunos que ali fossem se filiar ao PT. Na Universidade Federal de Sergipe. Virou uma bagunça, virou um comitê político partidário e quem sabe eleitoral.” – denunciou o parlamentar.
Segundo o MPF: “A universidade patrocinou evento de militância partidária, junto ao Partido dos Trabalhadores, ofertando o evento da Juventude Petista e momento de filiação partidária, como atividade de Extensão Curricular, promovendo-o e agraciando aqueles que participassem em 8 horas e certificado via SIGAA – Acadêmico”.
“O MPF verificou que, na prática, houve desvio da finalidade pública e democrática pela comissão organizadora da atividade de extensão, que a instrumentalizou para fins político-partidários… O MPF identificou que pelo menos dois discentes da comissão organizadora do evento não só integravam a ‘Juventude Petista’ como compareceram ao evento trajados como tal. A atividade de extensão consistia, na verdade, no ‘Encontro Estadual de Estudantes Petistas’, descrito como um ‘momento crucial de organização da Juventude do PT nas escolas e universidades’, em um inequívoco ato de proselitismo político”, diz o Ministério Público Federal, que também baixou um ato fazendo recomendações ao reitor.
O ato em questão é visto como crime no Brasil por se tratar de proselitismo político em um ambiente educacional, ou seja um agrupamento político é favorecido em um ambiente, que deve ser neutro, em detrimento de outros partidos além de ferir o direito à liberdade de consciência e convicção dos estudantes. O caso gerou uma repercussão nacional após a denúncia feita pelo vereador Lúcio Flávio, que vem se destacando no assunto após denunciar casos semelhantes em escolas no estado, a abertura do inquérito pelo MPF e sendo na revista Veja e outros veículos da imprensa local e nacional.