
Os atos organizados pelos movimentos de Direita e da sociedade civil, em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra os atos de censura do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) e contra o governo do presidente Lula (PT), e pela anistia de todos os condenados pelos atos de 8 de janeiro ganharam as ruas e avenidas de várias cidades em todo o Brasil, nesse domingo (3) e, foi sim uma grande demonstração do poder de mobilização dos conservadores.
Nas últimas semanas as principais lideranças da Direita brasileira se somaram nas redes sociais para convocar seus apoiadores para estarem mobilizados para as manifestações desse domingo, numa reação às recentes decisões do Supremo Tribunal Federal. O “estopim” dos protestos se deu após as medidas cautelares severas contra Jair Bolsonaro, inclusive com a instalação da tornozeleira eletrônica, sem qualquer descumprimento das determinações do Poder Judiciário.
Dentre as medidas restritivas impostas a Bolsonaro, uma delas está a proibição de ter contato com seu filho, além de ficar proibido de usar qualquer uma de suas redes sociais. As sanções do ministro Alexandre de Moraes geraram muitas discussões no País, inclusive dentro do Poder Judiciário e no próprio Supremo Tribunal Federal, porque veio à tona a discussão de censura, algo que gerou preocupação em setores da “Grande Mídia”, preocupados com sérios precedentes que podem ser estabelecidos.
O embate comercial entre o Brasil e os Estados, mais precisamente entre os presidentes Lula e Donald Trump, que aumentou a taxação de parte dos nossos produtos para exportação, além de questionar decisões politizadas do Judiciário brasileiro em desfavor de Jair Bolsonaro e de vários políticos de oposição ao governo federal, serviu como um “combustível” para acirrar o embate entre Direita e Esquerda, aumentando a polarização bem definida que temos na nossa política desde 2018.
Setores da imprensa, movimentos sociais, sindicatos, partidos e lideranças da Esquerda reagiram na responsabilização da família Bolsonaro, sinalizando uma melhora na popularidade do presidente Lula, de olho na reeleição em 2026. Entretanto, os mais recentes números da pesquisa Datafolha confirmam que a rejeição do governo Lula se mantém alta com 40% e sua aprovação é de apenas 29%, ou seja, apesar da “união de forças” contra a Direita, o eleitorado não demonstra esperança com o governo do PT.
E a prova maior deste cenário se configurou nesse domingo com o grande poder de mobilização da Direita brasileira na promoção de manifestações públicas por todo o País, com protestos contra Lula e Alexandre Moraes, e em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. A polarização na nossa política persiste e a tendência é que tenhamos uma eleição no próximo ano tão disputada quanto tivemos no pleito de 2022. No contato direto com o povo, os conservadores “largam na frente”…
Por Habacuque Villacorte da equipe CinformOnline.