João acusa Edvaldo Nogueira de estar mentindo, diz que País não pode parar, apesar de Temer, e fala de seu futuro político

Calado ele estava. Calado seguiria, até. Mas diante da proposta de ser um dos primeiros entrevistados nessa nova versão do Cinform, agora digital, João Alves, DEM, abriu o verbo e o coração, por assim dizer. “Estou em Brasília acompanhando minha esposa Maria, morando com ela, ao lado da minha filha e meus netos”. Mas isso não o impede de ser crítico ao extremo, quando provocado. “Edvaldo está mentindo”, garante João Alves em relação as dívidas que o seu sucessor o acusa de ter deixado na Prefeitura. confira mais nessa entrevista exclusiva.

Cinform – O senhor tem se mantido calado, apesar das críticas que recebe de Edvaldo Nogueira (PCdoB, prefeito de Aracaju), quase que diariamente. Isso é parte de sua estratégia política?
O meu silêncio tem um nome: observar os fatos. Calado aprendo mais. Edvaldo se apresentou como o grande salvador da pátria, o mágico que tira da cartola a solução para todos os problemas. Ele, agora tire da cartola todas essas soluções para os problemas e dê seu grito de independência, como “o grande salvador” que se diz ser. Não tenho estratégia política nenhuma, estou em Brasília acompanhando minha esposa Maria, morando com ela, ao lado da minha filha e meus netos. Além disso aproveito meu tempo para estudar, pesquisar, ler, escrever, cuidar da mente, do corpo e da fé. Um tempo que nunca tive antes.

Cinform – E quanto às dívidas que o atual prefeito diz ter herdado, coisa de mais de R$ 800 milhões?
Ele está mentindo. Devia falar a verdade e contar que os débitos que a prefeitura tem hoje são todos relacionados às antigas administrações dele. Quando fui eleito, tentei achar soluções. Na verdade encontrei uma prefeitura reple ta de ordens da Justiça, me obrigando a pagar débitos dele e do seu antecessor. São débitos acumulados por décadas. Não procurei ficar divulgando isso. Um erro meu. Não costumo olhar para trás, pois é para frente que se anda. Essa situação caótica que encontrei, inviabilizou minha administração. Não permitiu que eu realizasse os projetos que tanto quis. Agora chegou a hora do Edvaldo encontrar soluções para débitos dele e de gestões passadas do grupo dele. Edvaldo deve me esquecer e começar a trabalhar.

Ex-prefeito afirma que dívidas são oriundas de g estões passadas de Edvaldo (Foto: Vieira Neto)

Cinform – Como o senhor vê posicionamento de ex-aliados, a exemplo de vereadores de sua base no mandato passado, agora estando ao lado de Edvaldo Nogueira?
Não faço política da perseguição. Se o projeto do atual prefeito for bom para o povo, vereador tem que votar em favor do povo.

Cinform – E quanto ao atual cenário político brasileiro, o senhor vê alguma luz no fim do túnel, o governo do Temer se sustenta até 2018?
Sim, vejo. Crise se ven ce com trabalho, é com trabalho que crescemos. Olha, Anderson, toda esta crise me deixa muito triste, desanimado e totalmente desiludido. Vivemos no Brasil uma guerra moral, ética e política. Onde só um lado é visto e o denunciado sai impune. Fico envergonhado enquanto cidadão brasileiro. Contudo, apesar das dificuldades, erros e acertos, entendo que o presidente Temer, com muita garra e coragem, tenta acertar o seu trabalho apresentando propostas duras, mas necessárias para o nosso Brasil. Quanto a 2018, os deputados votaram a favor do presidente Temer, com uma leve margem de folga. Agora é aguardar o andamento dos fatos. O Brasil não pode parar e povo brasileiro não pode sofrer. Que venha 2018.

Cinform – João Alves pensa em se candidatar ano que vem? E o que o senhor pensa sobre a pré candidatura da sua filha Aninha Alves a Deputada Federal?
Em relação a mim, não vivo de previsões futuras tão distantes, quando chegar a hora observarei o cenário político e tomarei minha decisão. Tenho muita vontade de ser candidato novamente para ajudar meu estado e ao meu povo. Já minha filha, Ana Maria, é uma mulher muito preparada, capaz, inteligente, honesta e odeia mentiras. Foi criada desde cedo ao trabalho. Muito dedicada ao que faz. Tenho certeza e acredito na capacidade dela ser a melhor política que esse estado já viu. Ana é minha e sucessora, nossa sucessora, minha e de dona Maria na política. Estamos muito orgulhosos pela decisão tomada e espero que as pessoas que nos acompanharam, a mim e dona Maria, na vida pública, possam agora, dar o voto de confiança à minha filha Ana Alves. Maior prova da nossa confiança, é a minha saída da presidência do DEM, passando a função de presidente do partido em Sergipe para minha filha Ana.

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