Culturalmente o nosso Brasil ficou conhecido como o “País do jeitinho”, onde as leis são incontáveis, mas quase sempre elas não são cumpridas à risca! Quando as autoridades constituídas tentam conter o avanço do tráfico de drogas, o aumento de práticas ilegais, quando resolver “apertar o cerco” e impedir a ação dos bandidos, a impressão é que o crime organizado sempre está um passo à frente de quem governa e das nossas polícias, que vivem “enxugando o gelo”!

Impressionante como por aqui, diferente das grandes nações do Mundo, se tem a cultura de proteger ou defender os bandidos e criminosos. Ao ponto de termos em algumas metrópoles, o confronto entre as polícias e o crime organizado, que divide espaços (territórios) com as milícias, geralmente constituídas por policiais fortemente treinados, que já estão na reserva ou não. Está ou não dentro daquela narrativa de que “se não pode com o inimigo, junte-se a ele”?

Temos corrupção na segurança, na política, na administração pública, no setor privado, nas sociedades entre grandes amigos e irmãos, dentro da própria família. É muito difícil o leitor não conhecer alguém que, por algum motivo, tentou se beneficiar, levar alguma vantagem, mesmo que para isso tenha que alguém ficar prejudicado, lesado; mesmo que gere algum dano ao erário. Ver pessoas destruindo amizades, contaminando relações por conta de políticos bandidos, por exemplo, é algo mais do que comum hoje em dia…

Até alguns segmentos religiosos se envolvem com a corrupção. Mas quando a gente pensa que já viu de tudo no nosso Brasil, eis que vem à tona a polêmica envolvendo a prisão do funkeiro MC POZE do Rodo! Preso no Rio de Janeiro dentro de uma investigação por apologia ao crime e suposto envolvimento com o tráfico de drogas. Curiosamente, quando conseguiu um habeas corpus e deixou a prisão, havia uma “multidão” de fãs para recebê-lo, exaltá-lo e conduzi-lo para casa.

Rapidamente o MC estimulou seus seguidores condenando a ação policial, as forças de segurança, associando sua prisão como se fosse uma questão racial, um preconceito contra a sua música e o seu público. Não, MC POZE, a repulsa se deve à apologia feita ao crime organizado. Logo ele que foi membro do Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do Brasil, responsável pela destruição de milhares de vidas não apenas no Rio de Janeiro, mas em todo o País.

Em uma de suas letras, MC POZE canta Eles querem me parar/ É difícil me parar/ Sou o Poze do Rodo, o famoso trem-bala/ Sou o trem do RJ, a Mainstreet é a firma/ Se tentar contra a tropa, a Glock cospe trinta; em outra letra, o funkeiro solta essa Presente do Dia da Mãe é ter o filho morto pela esquina/ E hoje não tem final feliz porque mais um se foi/ Político safado protegido pela lei”. Ou seja, o mesmo “artista” que desafia as forças de segurança também condena a corrupção na política…

E ver uma multidão inflada, na porta de um presídio de segurança máxima, idolatrando quem faz apologia ao crime é um “tapa na cara” das autoridades, das forças policiais e da sociedade em geral. E isso quando mais se questiona a “ditadura do Judiciário” no Brasil! Mais um grande vexame no País que se acostumou a “cultuar” bandidos! É como se todos nós estivéssemos “inertes”, apenas assistindo a decadência da nossa sociedade. Parece piada pronta, mas infelizmente não é! Pois é…

Por Habacuque Villacorte, da equipe CinformOnline.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Ricardo Marques é citado em pesquisa para o Governo do Estado e agradece a confiança do povo sergipano

    O vice-prefeito de Aracaju, Ricardo Marques, foi citado na mais [...]

  • Na Interpol, Lula diz que combate ao crime organizado requer ações coordenadas entre países

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira [...]

  • Ricardo Marques participa de inauguração da nova Unidade Pediátrica do Hospital Fernando Franco

    O vice-prefeito de Aracaju, Ricardo Marques, participou, ao lado da [...]

  • Governo prepara MP para recalibrar IOF e aumentar arrecadação

    O governo federal enviará ao Congresso Nacional uma medida provisória [...]

  • Polícia Civil detalha crimes de importunação e assédio sexual para reforçar importância da denúncia durante o período junino

    Casos de crimes sexuais têm sido cada vez mais denunciados, [...]