
Doença fúngica considerada uma das mais severas e preocupantes para a cultura da banana em todo o mundo, a Sigatoka Negra vem sendo combatida em Sergipe, graças às ações de monitoramento e controle realizadas pelo Governo do Estado, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Mesmo com a detecção pontual de um foco isolado que foi erradicado, no final do ano passado, em uma área extrativista do município de Indiaroba, o estado não apresenta registros de ocorrência significativa da praga. Ainda assim, a Emdagro vem intensificando suas ações de forma estratégica e preventiva, a fim de evitar sua disseminação.
A Sigatoka Negra, causada pelo fungo Pseudocercospora fijiensis, é uma doença foliar altamente agressiva, com potencial para provocar queda acentuada na produtividade das lavouras, além de prejudicar a qualidade dos frutos, por induzir a sua maturação precoce. A praga, que chegou ao Brasil em 1998, já está presente em 24 unidades federativas, com registros recentes nos estados da Paraíba e, pontualmente, em Sergipe.
Frente a esse cenário, a Emdagro tem implementado um conjunto de medidas preventivas, com destaque para a atuação da Diretoria de Defesa Animal e Vegetal, por meio da Coordenadoria de Defesa Vegetal. “A Emdagro tem atuado de forma técnica, responsável e preventiva para proteger a bananicultura sergipana. O nosso trabalho é voltado para evitar que a Sigatoka Negra se estabeleça em nossas áreas produtivas. Estamos em constante monitoramento, com ações educativas e estratégias de controle baseadas em evidências técnicas e no plano estadual de contingência. A erradicação do foco em Indiaroba demonstrou a agilidade e a eficiência da nossa equipe”, afirma a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.
Entre as ações estão a educação sanitária junto aos produtores, com foco na conscientização sobre os riscos da doença, práticas de manejo cultural adequadas e aquisição de mudas de procedência idônea. Além disso, a capacitação técnica de profissionais da própria Emdagro tem sido fundamental para garantir que as orientações cheguem corretamente ao campo. Técnicos estão sendo treinados para recomendar práticas como o uso de variedades resistentes, manejo nutricional equilibrado e cuidados na condução da lavoura.
Outro eixo de atuação é o levantamento fitossanitário contínuo em todas as regiões produtoras do estado. As equipes da Defesa Vegetal vêm monitorando rotineiramente as áreas com o objetivo de detectar precocemente possíveis focos e agir de maneira eficaz e imediata, como ocorreu em Indiaroba, onde o foco identificado foi rapidamente eliminado.
“O Plano de Contingência Estadual, implantado pela Emdagro, segue os critérios técnicos definidos pelo Ministério da Agricultura e pela própria experiência de monitoramento no campo. A atuação da instituição reflete o compromisso com a sustentabilidade da produção agrícola no estado, preservando a sanidade das lavouras e garantindo a segurança alimentar e econômica de milhares de produtores que dependem da banana como principal fonte de renda”, destaca Aparecida.
Bananicultura
A cultura da bananeira possui grande relevância social e econômica para o agronegócio sergipano, com uma área colhida estimada em 2.072 hectares e produção anual de, aproximadamente, 28.720 toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2023. Os municípios de Neópolis, Santana do São Francisco e Japoatã são os principais produtores da fruta no estado.
Fonte, Secom – Estado.